Os órgãos reguladores de aviação civil da Nigéria e do Quênia autorizaram, no dia 21 de fevereiro, o retorno do Boeing 737 MAX aos voos comerciais em seus espaços aéreos, após dois acidentes fatais da Etiópia e na Indonésia que forçaram o aterramento global da aeronave. As duas nações são as primeiras do continente africano a liberar a volta do MAX.
Diretor geral da Autoridade de Aviação Civil Nigeriana (NCAA, na sigla em inglês), Musa Nuhu, disse que o jato americano recebeu aprovação para operar no país após ele ser recertificado pela FAA, a agência de aviação civil dos EUA, no fim do ano passado.
“Todos os operadores nacionais que pretendem operar devem trabalhar com a Boeing e a NCAA para o Programa de Aceitação de Certificado de Tipo de Aeronave para que a aeronave Boeing 737 MAX seja registrada na Nigéria e emitido um Certificado de Padrão de Aeronavegabilidade”, declarou Nuhu. “Todos os operadores aéreos estrangeiros que pretendem operar aeronaves Boeing 737 MAX na Nigéria devem fornecer evidências de conformidade com a diretiva de aeronavegabilidade da FAA.”
Três companhias aéreas da Nigéria encomendaram o 737 MAX. São elas: Air Peace, Arik Air e a Green Africa Airways. No entanto, nenhuma delas ainda recebeu o novo jato da Boeing.
No Quênia, a história é diferente. Nenhuma empresa aérea do país opera ou encomendou o Boeing 737 MAX. Nesse caso, a recertificação serve para permitir o retorno da aeronave operada por empresas estrangeiras ao espaço aéreo queniano.
“As companhias aéreas estão livres para voar com o Boeing 737 MAX para o Aeroporto Internacional Jomo Kenyatta, não vamos impor restrições”, disse Gilbert Kibe, diretor da Autoridade de Aviação Civil do Quênia (KCAA, na sigla em inglês).
Retorno gradual
Em 18 de novembro de 2020, a FAA dos Estados Unidos se tornou a primeira agência a recertificar o Boeing 737 MAX, seguida dias depois pela ANAC, no Brasil. O avião também teve seu retorno autorizado no Canadá, Reino Unido, Emirados Árabes Unidos e nos países membros da EASA, a autoridade de aviação civil da União Europeia.
A primeira companhia aérea do mundo a reativar sua frota de 737 MAX foi a Gol Linhas Aéreas, em dezembro do ano passado.