A venda de aviões de ataque leve A-29 Super Tucano à Nigéria deve ser aprovada “dentro de semanas” pelo governo dos Estados Unidos, informou o jornal Washington Post. O país africano vem tentando adquirir a aeronave desenvolvida pela Embraer desde 2015, mas acaba esbarrando em impedimentos do Conselho de Segurança dos EUA, que já acusou as forças armadas nigerianas de terem atacado populações civis nos últimos anos em pelo menos três oportunidades.
O acordo, iniciado ainda na administração de Barack Obama, prevê a aquisição de 12 aeronaves e armamentos de “alta tecnologia” por US$ 600 milhões. O principal objetivo dos nigerianos com os Super Tucanos é apertar a luta contra o grupo terrorista Boko Haram.
Segundo a publicação, a aprovação do contrato, que desta vez tem o apoio de Donald Trump, é impulsionada pelo governo de Muhammadu Buhari, eleito presidente da Nigéria em 2015, e que vem promovendo reformas anti-corrupção na política na nação africana.
Se a venda dos Super Tucanos à Nigéria for adiante a produção das aeronaves ficará a cargo da fabricante norte-americana Sierra Nevada Corporation, parceira da Embraer nos EUA. Esse mesmo tipo de movimentação já foi realizado com os A-29 transferidos para a força aérea do Afeganistão, que são modelos fabricados pela empresa norte-americana.
Super Tucano na África
Dos 14 clientes internacionais do Super Tucano, quatro deles estão na África. Além de ser cotado para equipar a frota da Nigéria, a aeronave desenvolvida no Brasil já é operada pelas forças armadas de Angola, Burkina Faso, Mal e Mauritânia. Gana e Senegal também têm planos de adquirir o avião.
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