Gigante da indústria de defesa dos Estados Unidos, a Northrop Grumman decidiu não competir pelo contrato da Plataforma de Domínio Aéreo de Próxima Geração (NGAD na sigla em inglês), projeto que vai originar o primeiro caça de sexta geração da Força Aérea dos EUA (USAF).
A decisão foi anunciada ontem (27) pela CEO da fabricante, Kathy Warden, durante a conferência de resultados financeiros da companhia.
“Antes de o governo anunciar oficialmente o programa e sua intenção de emitir a RFP [solicitação de propostas], ficamos quietos. Mas notificamos a Força Aérea dos EUA de que não planejamos responder à RFP do NGAD como principal [contratado]”, disse a executiva, conforme relatou o Breaking Defense.
Siga o AIRWAY nas redes: Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
Kathy, em contrapartida, indicou que a Northrop Grumman pode participar do programa NGAD fornecendo sistemas de missão para a futura aeronave. “Estamos respondendo à solicitação de proposta de outros licitantes como fornecedor, especialmente em nosso portfólio de sistemas de missão.”
Com a Northrop Grumman declinando a participação direta no NGAD, o contrato para o desenvolvimento do programa agora deve ser disputado pela Boeing e a Lockheed Martin. As duas empresas são os principais nomes da indústria aeronáutica dos EUA com experiência para dar andamento a um projeto desse porte, que visa criar um substituto para o F-22 Raptor.
Em maio, a USAF informou que pretende selecionar o fabricante que será responsável pelo NGAD em 2024. Ainda em formulação, o caça de sexta geração dos EUA deve incorporar recursos de última geração, como inteligência artifícial, interoperabilidade com drones, armas hipersônicas, entre outros.
Atualmente, a Northrop Grumman está focada no projeto do B-21 Raider, que será o primeiro bombardeiro furtivo de sexta geração. A entrada em serviço do modelo com a USAF é programada para a próxima década.