Próximo bombardeiro furtivo da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), o B-21 Raider teve seus motores acionados pela primeira vez recentemente. A notícia foi revelada hoje (27) por Kathy Warden, diretora executiva da Northrop Grumman durante uma teleconferência de resultados financeiros da empresa que projeta a nova aeronave.
“Ativamos com sucesso a primeira aeronave de teste de voo no [segundo] trimestre”, disse Kathy, acrescentando que o marco é um passo importante “para alcançar o primeiro voo e a transição para a produção” do B-21. A executiva, no entanto, ainda não estipulou uma data para o voo inaugural do aeronave, que deve decolar ainda neste ano.
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O B-21 foi revelado ao público em 3 de dezembro de 2022 numa pomposa cerimônia na fábrica da Northrop Grumman em Palmdale, na Califórnia, local conhecido como “Planta 42”. A instalação, que também é um centro de testes da USAF, foi em 1988 o palco de apresentação do B-2 Spirit, bombardeiro que será substituído pelo Raider na próxima década.
A diretora da Northrop Grumman ainda reafirmou que a fabricante está em dia com a montagem das seis primeiras fuselagens do B-21. O modelo acionado recentemente é uma aeronave de teste “representativa de produção” designado “T1”, acrescentou Kathy.
A USAF planeja comprar pelo menos 100 exemplares do B-21 durante a vida útil do programa, que deve se estender além de 2050. O preço unitário do Raider gira em torno de US$ 692 milhões, uma soma que inclui o próprio bombardeiro, treinamento de tripulantes, peças sobressalentes e equipamentos de suporte. É uma cifra exorbitante, mas que representa apenas uma fração do valor do B-2, o avião mais caro de todos os tempos, avaliado em cerca de US$ 2 bilhões por unidade.