Abalada pela crise do coronavírus, a companhia aérea low cost Norwegian Air reduziu drasticamente suas operações, permanecendo desde abril apenas com voos dentro da Noruega. Mas nesta quarta-feira, 17, a empresa surpreendeu o mercado ao anunciar a retomada de rotas de curto alcance dentro da Europa. Entre elas, estão Londres (Gatwick) que terá voos para Oslo e Copenhagen, e Edinburgo, na Escócia, também para as capitais da Noruega e Dinamarca.
A nova malha passará a operar em julho e incluirá também Munique, Amsterdam, Barcelona e diversas cidades turísticas do continente num total de 76 rotas. Até então, a previsão da companhia aérea era de retomar voos na Europa apenas em 2021, mas a crescente demanda de seus clientes motivou a mudança nos planos, afirmou a empresa.
“O feedback de nossos clientes mostrou que eles desejam voltar a voar e retomar suas viagens com a Norwegian além dos atuais serviços domésticos que operamos. A Norwegian está voltando aos céus da Europa com a reintrodução de mais aeronaves para servir nossos principais destinos, o que garantirá que continuemos alinhados com as transportadoras concorrentes”, afirmou Jacob Schram, CEO da Norwegian Air.
Nesse período, a Norwegian Air ten operado com apenas oito Boeing 737-800, mas deve acrescentar outros 12 aeronaves do tipo no mês que vem para atender a demanda. Ainda assim, trata-se de uma pequena parcela da frota da companhia aérea, que incluía 100 jatos 737, entre eles 18 unidades do modelo MAX, que está proibido de voar.
Voos de longo curso ainda suspensos
Enquanto busca reestruturar sua operação na Europa, a Norwegian Air segue sem previsão de voltar a realizar seus voos de longo alcance. Com uma frota de 37 Boeing 787 Dreamliner, a companhia aérea operava para vários destinos na América e Ásia, sobretudo nos Estados Unidos, mas as restrições impostas por várias nações torna essa retomada mais incerta.
Uma dessas rotas ligava Londres ao Rio de Janeiro desde março de 2019, mas que foi suspensa um ano depois por conta da pandemia. Apesar da boa notícia, a empresa ainda tenta sobreviver em meio a uma dívida crescente e à espera de ajuda financeira do governo norueguês.
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