A DESAER, empresa fundada por ex-funcionários da Embraer, voltou à carga na tentativa de viabilizar a produção de seus projetos de aviões.
Desde 2018, a startup sediada em São José dos Campos (SP) tenta seguir os passos da famosa fabricante, inicialmente com o turboélice bimotor ATL-100, uma aeronave de asa alta e vocação para transporte de passageiros, carga e outras missões.
Mas o caminho não tem sido fácil. Após acertar em 2020 uma joint-venture com o CEiiA, de Portugal, e vê-la fracassar (e virar processo na Justiça), a DESAER buscou um acordo com o município de Araxá para construir uma fábrica para seus aviões no ano seguinte.
O projeto também não saiu do papel, mas a empresa não desistiu e acaba de assinar um protocolo de intenções com a Codemar (Companhia de Desenvolvimento de Maricá) com o objetivo de criar um pólo de inovação e tecnologia aeroespacial na cidade fluminense.

“A nossa expectativa é já estarmos aqui nos próximos meses com uma equipe de engenharia. A ideia inicial é trazer alguns engenheiros meus que vão ser os cabeças, e contratar mão de obra técnica e engenheiros da cidade”, disse Evandro Fileno, CEO da DESAER.
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Embora o comunicado não cite a aeronave que está nos planos da futura fabricante, trata-se do ATL-100, como confirmou a assessoria de imprensa ao site mais tarde.
A DESAER também divulgou outro projeto maior de turboélice, o ATL-300, para 40 passageiros.
ATL-100 mirava substituir o Bandeirante na FAB
Quando surgiu há sete anos, a DESAER vislumbrava repetir sua inspiração Embraer e fornecer o ATL-100 para a Força Aérea Brasileira (FAB).
A ideia era substituir os C-95 Bandeirante, que já estão há cinco décadas em operação e perto de se aposentar.

Com sua configuração versátil, a aeronave sem pressurização e com trem de pouso fixo seria de fato uma alternativa bastante interessante.
“O ATL-100 é um projeto 100% nacional e pode atender as demandas das forças armadas brasileiras e do transporte aéreo regional do país e de outras nações”, disse Fileno à Airway em outubro de 2018.
Na época, o fundador sonhava em colocar o avião em produção a partir de 2022, o que nunca foi uma meta factível diante das dificuldades em financiar o projeto.
Coincidência ou não, a FAB demonstrou interesse no Cessna SkyCourier, uma aeronave com características similares ao ATL-100. Um sinal que o avião brasileiro tem potencial.
Para viabilizar precisa-se de interessados para se ter um volume que compense o investimento; fora isso, é uma aeronave bem interessante e, a meu ver, um concorrente direto do SkyCurier.
fazer as coisas no papel e muito fácil,a realidade e bem diferente e eles com certeza sabem disso kkk,já já não ouviremos mais falar dessa iniciativa,mas vale o espírito aventureiro
Sem ter ao menos um protótipo, pra fazer demonstração do equipamento, a quem realmente vai se interessar por tal aeronave, agora contando com o projeto só na papel, qualquer um pode fazer, vamos ver na prática!!
Montar em Maricá, a cidade mais corrupta do Brasil. Vão para qq lugar, menos Maricá.
Por onde anda o BNDES? foi exatamente p/ isto que foi criado em 1952.
Missão
“Promover o desenvolvimento sustentável e competitivo da
economia brasileira, com geração de emprego e redução das
desigualdades sociais e regionais”