Nova Zelândia demonstra interesse no KC-390

País também pede a Embraer uma versão do novo jato E190 E2 para missões de patrulha marítima
O KC-390 é o maior avião já desenvolvido pela Embraer (FAB)
Colômbia pode ser o próximo cliente do Embraer KC-390 (FAB)
Numa só tacada, o KC-390 pode substituir três tipos de aeronaves na Nova Zelândia (FAB)
O Embraer KC-390 está programado para entrar em operação no Brasil a partir de 2018 (FAB)

A Embraer está próxima de conseguir um novo cliente para o KC-390. A fabricante respondeu nesta semana a um “pedido de informação” (RFI) sobre a aeronave, que pode entrar na concorrência para substituir a frota de cargueiros C-130 Hércules da Força Aérea Real da Nova Zelândia (RNZAF). O país pretende adquirir até cinco novas aeronaves do tipo “multi-missão”.

Além de substituir os Hercules, o novo avião procurado pela RNZAF também deverá ocupar a vaga e cumprir a mesma função de outros dois Boeing 757, usados no país em operações de transporte de carga e pessoal. O plano da força aérea neozelandesa é substituir os C-130 (modelo H) por completo em 2024 e os 757 até 2026.

O contato da Nova Zelândia marca a primeira oportunidade da Embraer na região da Oceania. Até então, a aeronave tem como interessados nações na América do Sul, Europa e Oriente Médio. No entanto, até o momento o único cliente confirmado do KC-390 é a Força Aérea Brasileira, com um pedido firme para 28 aeronaves.

“Estamos muito positivos que podemos fornecer a melhor solução para a Nova Zelândia e para os requisitos de missão que nos foram apresentaram. Eu acho que eles estão muito interessados no KC-390. Mas nós entendemos e respeitamos que esta é uma competição e vamos realizar todas as etapas necessárias do processo”, disse o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Jackson Schneider, ao site DefenseNews.

Schneider citou na mesma reportagem que a única aeronave da mesma categoria do KC-390 atualmente em produção é o C-130J “Super Hercules”, fabricado pela Lockheed Martin. O presidente da divisão de defesa da Embraer ainda revelou que a fabricante está negociando com um “cliente global” uma versão civil do KC-390, mas não forneceu mais detalhes.

E190 militar

A Nova Zelândia também “convidou” a Embraer a desenvolver uma versão de patrulha marítima do novo jato comercial E190-E2. Outro pedido da RNZAF é por uma nova aeronave para substituir seus Lockheed P-3 Orion, a versão militar do famoso Electra II. Os aviões com motores turbo-hélices devem ser desativados no país entre 2023 e 2025.

Como será uma versão militar do E190 E2?(Embraer)
Como será uma versão militar do E190 E2?(Embraer)

O vice-presidente comercial da Embraer Defesa e Segurança, Fernando Ribeiro de Queiroz, confirmou que a fabricante vai desenvolver a versão de patrulha marítima do E190-E2, mas sugeriu ao país o emprego do KC-390, adaptado para essa missão. Uma projeto do cargueiro brasileiro semelhante já foi oferecido ao Canadá.

Segundo Queiroz, os requisitos que a Nova Zelândia pediu se encaixam melhor na plataforma do E190-E2. Porém, o executivo acredita que algumas das exigências podem ser ajustadas. Um dos pedidos da RNZAF nesse programa é por uma aeronave capaz de voar acima dos 900 km/h, enquanto a velocidade de cruzeiro do KC-390 é de 870 km/h.

O governo da Nova Zelândia ainda não discutiu sobre os valores que pretende investir nos dois programas. Os primeiros KC-390 estão programados para entrar em serviço no Brasil a partir de 2018, substituindo os C-130 Hercules.

Veja mais: Caça “invisível” da China estreia em festival

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