A Airbus abandonou os planos de introduzir aeronaves comerciais de grande porte utilizando hidrogênio como combustível em um prazo mais curto.
A tecnologia, embora muito mais sustentável, depende de avanços técnicos consideráveis, mas sobretudo de um entendimento global entre vários países para ser adotada.
Em vez disso, o futuro substituto do A320, sua aeronave de maior sucesso comercial, utilizará novas tecnologias, porém, menos disruptivas.
Siga o AIRWAY nas redes: WhatsApp | Telegram | Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
A aeronave de fuselagem estreita é, segundo Guillaume Faury, CEO da Airbus, “o próximo acontecimento na agenda” da empresa.

O chefe-executivo concedeu uma coletiva de imprensa na segunda-feira para falar sobre a descarbonização da aviação. Segundo Faury, o ‘novo A320’ será “evolucionário, não revolucionário”.
Asas dobráveis, motores de fan aberto
Apesar disso, a aeronave deve contar com melhorias importantes para reduzir a pegada de carbono. Entre elas estão o uso de materiais compósitos mais leves na estrutura, a queima de Combustível de Aviação Sustentável (SAF) e a adoção de motores mais eficientes.
Um dos projetos em vista é o RISE, da CFM, conceito de fan aberto, em que as pás do motor se localizam do lado de fora da carenagem.

A configuração promete reduzir o consumo do motor em cerca de 20% que, somada a outras tecnologias, poderia tornar a nova aeronave muito mais eficiente ecológica que a família A320neo.
Outra opção avaliada são as asas dobráveis com grande envergadura, uma ideia que a Airbus já havia cogitado anteriormente, além de baterias de última geração que permitiriam arquiteturas híbridas propulsivas ou não.
Embora não exista um cronograma oficial, entende-se que o novo jato comercial deva chegar ao mercado entre 2035 e 2040.
Mesmo assim, o CEO da Airbus afirmou que a meta de tornar as viagens aéreas neutras em CO2 até 2025 é o caminho certo, mas pode demorar mais do que o esperado.