A Boeing trabalha com a expectativa de obter a certificação do 737 MAX 7, a menor versão do jato de fuselagem estreita, até o final de 2023, porém, sua cliente de lançamento não pensa da mesma forma.
Segundo um executivo da Southwest Airlines, a FAA (Agência Federal de Aviação dos EUA), a certificação do modelo só deverá ocorrer em abril de 2024.
Andrew Watterson, chefe de operações da companhia aérea, afirmou à Reuters na quinta-feira (9) que internamente a empresa trabalha com a certificação em abril e que o primeiro 737-7 será entregue apenas entre outubro e novembro.
A previsão da Southwest vai na contramão de relatos que a Boeing via a possibilidade de a certificação ocorrer já em novembro.
O potencial novo atraso piora ainda mais o cenário de produção do 737 MAX, que está com enormes dificuldades para dar conta da demanda – a Gol, por exemplo, esperava receber 15 jatos em 2023 e só recebeu um até agora.
Problemas em série com a montagem de aeroestruturas pela fornecedora Spirit Aerosystems fizeram a Boeing intervir na empresa, injetandos recursos financeiros.
O postergamento da certificação do 737 MAX 7 também se reflete no processo de aprovação do 737 MAX 10, a maior variante da aeronave, com até 230 assentos.
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Com quase mil pedidos, o 737-10 é aguardado para 2025 por vários clientes e a Boeing afirma que a certificação do jato deverá ocorrer no final de 2024.
Para isso, a FAA precisa dar o aval para que os testes de certificação em voo possam começar, o que deve ocorrer após a emissão do certificado de tipo do 737 MAX 7.