Novo “Boeing russo” tem produção postergada para 2026

Jato Yakovlev MC-21 passa por problemas em seu desenvolvimento desde as sanções ocidentais. Aeronave é equivalente ao 737 e ao Airbus A320
MC-21-310
O MC-21 é a alternativa da Rússia aos tradicionais Airbus A320 e Boeing 737 (UAC)

O programa de desenvolvimento do novo jato comercial russo MC-21 teve mais um atraso na meta de início de produção em série, que antes prevista para este ano.

Segundo o chefe da Rostec, corporação estatal de tecnologia da Rússia, Sergey Chemezov, a aeronave de fuselagem estreita entrará em produção apenas em 2026.

“Precisamos concluir todos os testes de certificação agora. Espero que façamos todos os voos este ano. Há muitos voos pela frente”, disse o executivo-chefe para repórteres na semana passada. “A produção em série começará então a partir do ano que vem”, Chemezov previu.

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O programa do MC-21 foi lançado em 2007 com o objetivo de ser um concorrente para o Boeing 737 e o Airbus A320 no mercado global. Para isso, a United Aircraft Corporation (UAC) buscou acordos com vários fornecedores estrangeiros para ampliar suas chances de vendas.

Após a tomada da Crimeia pela Rússia em 2014, a estatal aeroespacial passou a ser alvo de sanções comerciais que se intensificaram em 2022 quando uma invasão militar tomou parte da Ucrânia.

O primeiro jato MC-21 com motores russos PD-14 (Irkut)

Nesse período, a UAC colocou em prática um plano de substituição de componentes ocidentais por equivalentes locais. Alguns deles como as asas em material composto foram resolvidos de forma célere, mas aviônicos e motores continuam a ser um processo lento.

O turbofan PD-14, que substitui o Pratyt & Whitney GTF, está há meses em testes, mas ainda não foi certificado. A Yakovlev, companhia que assumiu o projeto da Irkut, está prestes a dar início a testes de certificação eletrônica da variante russificada MC-21-310.

Bastante moderno e capaz, o MC-21 poderá transportar até 211 passageiros e substituir aeronaves como o Airbus A321 na frota das empresas aéreas russas e de países que mantém laços com o governo Putin, mas as datas das primeiras entregas ainda são uma incógnita.

 

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