Novo bombardeiro B-21 Raider deve voar apenas em 2022

Aeronave furtiva da Força Aérea dos EUA está sendo desenvolvida na Califórnia e já conta com uma segunda unidade em produção
O B-21 Raider será o próximo bombardeiro furtivo dos EUA (Northrop Grumman)

O B-21 Raider, novo bombardeiro stealth (furtivo) da Força Aérea dos EUA (USAF), deve sofrer mais um atraso em relação ao primeiro voo, oficialmente previsto para dezembro deste ano. Em entrevista à Air Force Magazine, Randall Walden, diretor do escritório da USAF envolvido no projeto, afirmou que o melhor cenário agora é meados de 2022. A aeronave está sendo desenvolvida pela Northrop Grumman em suas instalações na “Planta 42”, da USAF, em Palmdale, na Califórnia, mesmo local onde o B-2 Spirit foi construído.

De acordo com Walden, o B-21 Raider já começou a tomar forma e deve ser apresentado dentro de um ano, aproximadamente. A novidade é que um segundo bombardeiro começou a ser montado e que servirá para testes estruturais.

A USAF planeja contar com o novo bombardeiro por volta de 2026 ou 2027, substituindo o B-1 Lancer e seu irmão mais velho, o Spirit. De acordo com o orçamento de 2018, o Pentágono pretende receber ao menos 100 aeronaves a um custo total de US$ 80 bilhões.

O B-21 não deve surpreender em relação à sua aparência. A Força Aérea já divulgou projeções da aeronave, que repetirá a formula de asa voadora, mas com soluções mais eficientes e simples. A meta é evitar a escalada de custos que tornou o B-2 o avião mais caro da história e que teve somente 21 unidades fabricadas. O Raider usará motores da Pratt & Whitney e será capaz de absorver novas tecnologias de hardware e software por conta da sua arquitetura modular.

Para acelerar o desenvolvimento, a USAF preparou um jato executivo para voar e testar os sistemas que equiparão o bombardeiro. A plataforma de testes tem conseguido aprimorar os aviônicos, o que deve facilitar a integração de equipamentos.

O programa do bombardeiro stealth contou até mesmo com uma ajuda inesperada da empresa Spirit Aviation, responsável por fornecer as aeroestruturas da aeronave. A fabricante, que também produz componentes do 737 MAX, acabou deslocando funcionários para o avião da Northropo Grumman por conta do período em que o jato da Boeing ficou aterrado.

A corrida dos novos bombardeiros furtivos tem se intensificado nos últimos anos com o avanço dos programas russo e chinês. Os dois países pretendem contar com uma aeronave desse gênero nos próximos anos, colocando fim na hegemonia dos EUA nesse campo.

Imagem de computador do H-20, primeiro bombardeiro stealth chinês (Reprodução)

Veja também: Aposentado, caça stealth F-117 continua a fazer aparições misteriosas

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