O bombardeiro estratégico furtivo B-21 Raider teve o primeiro voo postergado para 2023, afirmou a Força Aérea dos EUA (USAF) à Air Force Magazine.
A aeronave desenvolvida pela Northrop Grumman deveria realizar o voo inaugural neste ano, mas agora a USAF deve apenas apresentá-lo ao público nos próximos meses, já que o primeiro protótipo terá de realizar testes fora dos hangares em breve.
“Recentemente, a Força Aérea divulgou uma nova estimativa para o primeiro voo; projetada para o próximo ano, 2023”, disse um porta-voz à revista.
O programa B-21 é um dos mais ambiciosos do Pentágono, que planeja substituir os bombardeiros B-1B e B-2 por uma aeronave avançada que repete o formato de asa voadora do Spirit, porém, com maior capacidade de não ser detectada por radares e sensores.
O Raider também deverá ter um preço unitário muito mais em conta que o B-2, por isso a USAF estima produzir cerca de 145 aeronaves nos próximos anos.
A justificativa para o novo atraso não foi dada pelo serviço, porém, acredita-se que possa ter a ver com a disrupção da cadeia de produção que afeta a indústria aeroespacial após a pandemia do Covid-19.
O atraso teria feito a USAF planejar postergar a aposentadoria do B-1B e do B-2, que estavam previstos para deixarem o serviço ativo entre 2031 e 2032. Atualmente existem seis aeronaves de testes em diferentes estágios de produção na Planta 42, em Palmdale, na Califórnia.
A Força Aérea pretende investir cerca de US$ 32 bilhões no programa B-21, entre produção e pesquisa e desenvolvimento.