A Agência Europeia para Segurança da Aviação (EASA, na sigla inglês) e a Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos, emitiram ontem (22) o certificado de tipo para o jato executivo Falcon 6X da fabricante francesa Dassault Aviation. Com a homologação confirmada, as entregas do novo avião aos clientes podem ser iniciadas.
O certificado é a conclusão da campanha de desenvolvimento do Falcon 6X, iniciada em 2020. Segundo a Dassault, a aeronave acumulou 1.500 horas de voo em testes. A fabricante também relatou que as primeiras unidades de produção do jato estão na fase final de montagem.
“A certificação do Falcon 6X é um marco notável para a Dassault Aviation. O Falcon 6X é o primeiro jato executivo totalmente novo a cumprir os regulamentos mais recentes, o que aumentará a segurança de todas as novas aeronaves”, disse Eric Trappier, presidente e CEO da Dassault Aviation.
Siga o AIRWAY nas redes: Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
Bimotor da categoria de grande porte e longo alcance, o Falcon 6X é certificado para voos de até 10.200 km (em velocidade de cruzeiro de 850 km/h) e pode decolar com peso máximo de 35.135 kg. Já a cabine, que mede 12,2 metros de comprimento, pode receber até 16 passageiros.
Do fracasso ao sucesso
A Dassault lançou o programa Falcon 6X em fevereiro de 2018, depois de cancelar o problemático desenvolvimento do Falcon 5X. O modelo chegou a voar, mas depois acabou descartado pela fabricante devido as dificuldade em lidar com o motor turbofan Silvercrest de 12.000 libras de empuxo fornecido pela fabricante francesa Safran.
Na mudança para o 6X, a Dassault decidiu usar o motor Pratt & Whitney PW812D de 14.000 libras de empuxo fabricados no Canadá e que já tem eficiência comprovada. Outras versões desse propulsor são utilizadas, por exemplo, nos jatos G500 e G600 da Gulfstream.
VEJA TAMBÉM:
Dassault celebra 60 anos do jato executivo Falcon
A troca de motor também aumentou as números sobre o desempenho da aeronave. Com os turbofans da Safran, o jato teria alcance de 9.600 km e agora, com os Pratt & Whitney, esse número subiu para 10.200 km. A mudança do conjunto propulsor também exigiu alterações no tamanho da fuselagem e na envergadura das asas, que ficaram ligeiramente maiores, e o peso máximo de decolagem do jato subiu de 31.570 kg para 35.135 kg, devido ao aumento na capacidade de combustível. Por outro lado, o preço do avião não mudou e segue sugerido em US$ 47 milhões (cerca de R$ 229,6 milhões).