A Rolls-Royce anunciou ter concluído com sucesso a Revisão Crítica de Projeto (CDR) do motor F130 que equipará o B-52J, uma atualização do decano bombardeiro estratégico da Força Aérea dos EUA (USAF).
A etapa traz mais perto do primeiro voo de um dos jatos da Boeing de oito motores. A revisão foi realizada em outubro, mas revelada pela fabricante apenas nesta semana.
O F130 é um derivado do turbofan civil BR725, utilizado em jatos de negócios. Ele foi escolhido pela USAF em 2021 para o programa CERP (Commercial Engine Replacement Program), que visa substituir os motores TF-33, da Pratt & Whitney.
A Rolls-Royce passou os últimos dois anos desenvolvendo o motor junto com a Boeing e agora planeja iniciar testes de altitude em fevereiro no Complexo de Desenvolvimento de Engenharia Arnold da Força Aérea dos EUA em Tullahoma, Tennessee.
“A Rolls-Royce também concluiu recentemente as primeiras fases dos testes do nível do mar do F130 em suas instalações em Indianápolis e concluiu os testes rápidos de pod duplo no Centro Espacial Stennis da NASA neste verão”, disse a empresa.
Os testes na NASA ocorrem na configuração de suporte duplo, característico do B-52, que leva seus oito motores em pares.
Novo radar a caminho
Como parte do contrato com o Departamento de Defesa dos EUA, os motores F130 serão fabricados, montados e testados nas instalações da Rolls-Royce em Indianapolis.
O programa CERP prevê a substituição de motores em 76 bombardeiros B-52H, mas a falta de fundos para o projeto colocou a entrada em serviço apenas para 2033.
Além do motor F130, o “BUFF” (sigla em inglês para ‘cara grande, feio e gordo’), como é chamado informalmente na Força Aérea, também contará com um radar AESA APG-79 a partir de 2027, quando passarão a ser designados como B-52J.
Os planos da Força Aérea são de manter o B-52 em operação até 2050, junto do B-21 Raider, bombardeiro furtivo em desenvolvimento pela Northrop Grumman.