Nesta sexta-feira, 18 de junho, o novo porta-aviões nuclear da Marinha dos EUA, o USS Gerald R. Ford (CVN 78), ficou a centenas de metros de uma potente explosão subaquática numa região próxima à Florida, na costa leste do país.
Mas o que poderia soar como um ataque tratava-se na verdade do primeiro de vários testes de choque de navio completo (Full Ship Shock Trials ou FSST) realizado pela Marinha para avaliar a capacidade da embarcação suportar explosões próximas em caso de conflito.
As imagens divulgadas pela Marinha norte-americana impressionam pela dimensão e proximidade da explosão do navio de quase de 333 metros de comprimento. Segundo registros sísmicos, o evento atingiu 3,9 graus na escala Richter.
O objetivo desse tipo de teste é avaliar partes sensíveis do navio como os reatores nucleares, sistemas de computadores de bordo, sensores e áreas de apoio dos tripulantes, entre outros. Para medir o impacto, inúmeros equipamentos de registro são instalados em diversas áreas.
Por ser uma nova classe de porta-aviões, a primeira desde o comissionamento do CVN 68 Nimitz no começo dos anos 70, os testes de choque são fundamentais para descobrir possíveis fragilidades no projeto.
Explosões como a testada no dia 18 podem envolver mísseis anti-navio, torpedos, minas e mesmo navios próximos eventualmente atingidos numa batalha.
A última vez que a Marinha dos EUA realizou um FSST num porta-aviões foi em 1987 com o USS Theodore Roosevelt (CVN 71), também da classe Nimits.
Segundo a Marinha, o Gerald R. Ford deverá completar uma série de testes semelhantes durante o verão americana e então passar por seis meses de trabalhos de modernização, reparos e manutenção antes de entrar em operação.