A Boeing enfrenta mais um problema de qualidade na montagem dos jatos 737 MAX, seu mais popular avião comercial.
Na quinta-feira, 13, a fabricante admitiu ter suspendido entregas de algumas aeronaves a fim de realizar inspeções em dois encaixes que unem a fuselagem traseira à cauda. As peças não estariam fixadas corretamente à estrutura, o que afeta unidades em produção ou que estão armazenadas.
Siga o AIRWAY nas redes: Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
As peças são fabricadas pela Spirit Aerosystems, fornecedora conhecida por montar várias partes das aeronaves da Boeing.
O problema afeta os modelos 737 MAX 7, Max 8, 8-200 e também a série anterior, 737NG, hoje produzida para patrulhamento marítimo como P-8 Poseidon.
A única variante poupada é a 737 MAX 9, a de maior capacidade atualmente em produção. “Este não é um problema imediato de segurança de voo e a frota em serviço pode continuar operando com segurança”, garantiu a Boeing.
Por conta da suspensão nas entregas, a fabricante deve postergar o aumento na produção esperado para os próximos anos. A Boeing pretendia elevar o ritmo de produção do 737 de 31 para 38 aviões por mês em junho. Em 2024, a meta era atingir uma razão de produção de 42 aeronaves mensais.
O novo imprevisto pode atrapalhar o planejamento de renovação e expansão de frotas de importantes clientes como a Ryanair, Southwest e a Gol.
As ações da Boeing na Bolsa de Valores de Nova York caíram 5,27% na sexta-feira, 14 de abril.