Novo problema no 737 MAX pode afetar produção da aeronave

Boeing suspendeu entregas de alguns modelos do jato na quinta-feira após encontrar problemas de qualidade em componentes fornecidos pela Spirit Aerosystems
Boeing 737 MAX da Gol (Divulgação)

A Boeing enfrenta mais um problema de qualidade na montagem dos jatos 737 MAX, seu mais popular avião comercial.

Na quinta-feira, 13, a fabricante admitiu ter suspendido entregas de algumas aeronaves a fim de realizar inspeções em dois encaixes que unem a fuselagem traseira à cauda. As peças não estariam fixadas corretamente à estrutura, o que afeta unidades em produção ou que estão armazenadas.

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As peças são fabricadas pela Spirit Aerosystems, fornecedora conhecida por montar várias partes das aeronaves da Boeing.

O problema afeta os modelos 737 MAX 7, Max 8, 8-200 e também a série anterior, 737NG, hoje produzida para patrulhamento marítimo como P-8 Poseidon.

A única variante poupada é a 737 MAX 9, a de maior capacidade atualmente em produção. “Este não é um problema imediato de segurança de voo e a frota em serviço pode continuar operando com segurança”, garantiu a Boeing.

O 737 MAX 9 é a única versão poupada de inspeções (Boeing)

Por conta da suspensão nas entregas, a fabricante deve postergar o aumento na produção esperado para os próximos anos. A Boeing pretendia elevar o ritmo de produção do 737 de 31 para 38 aviões por mês em junho. Em 2024, a meta era atingir uma razão de produção de 42 aeronaves mensais.

O novo imprevisto pode atrapalhar o planejamento de renovação e expansão de frotas de importantes clientes como a Ryanair, Southwest e a Gol.

As ações da Boeing na Bolsa de Valores de Nova York caíram 5,27% na sexta-feira, 14 de abril.

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