A Embraer trouxe mais detalhes de seu futuro turboélice avançado no Farnborough Airshow. A fabricante brasileira afirmou ter mais de 250 cartas de intenção pela aeronave, que terá duas variantes, com 70 e 100 assentos.
Arjan Meijer, CEO da divisão de aviação comercial, no entanto, não quis revelar quais são os possíveis clientes, mas garantiu que tratam-se apenas de operadores, ou seja, o modelo ainda não foi oferecido às empresas de leasing.
Segundo o cronograma da empresa, o turboélice de passageiros deverá entrar em serviço em 2028. A Embraer disse que a decisão sobre o lançamento do programa ocorrerá ainda neste ano, com previsão de início das vendas no primeiro semestre de 2023.
A aeronave, cuja denominação ainda é mantida em segredo, almeja ter um custo operacional por assento 15% menor que o ATR 72, oferecendo 25% mais lugares e 20% mais velocidade.
Substituto de jatos regionais nos EUA
Airway conversou com o vice-presidente de marketing, Rodrigo Silva e Souza, que revelou que a maior parte dos potenciais clientes do turboélice se interessou pela versão de maior capacidade, mas que ainda não existe uma decisão sobre qual deles chegará primeiro ao mercado.
A Embraer mira em dois alvos para atrair pedidos. Enquanto a versão de 100 lugares mostra potencial em regiões como a Ásia, o turboélice de 70 lugares é visto como um substituto para os jatos regionais de 50 assentos que voam nos EUA.
Essas aeronaves estão no final da vida útil e não há atualmente um substituto já que tanto os jatos CRJ, da Mitsubishi, quanto a família ERJ, da própria Embraer, deixaram de ser produzidos.
A empresa brasileira não teme uma possível rejeição aos turboélices nos EUA já que na visão dela há uma mudança de conceito em direção à aeronaves mais sustentáveis no país.
Uma das grandes apostas do inédito avião é o fato de compartilhar muito do projeto com os E-Jets, incluindo sua fuselagem, que é mais espaçosa que o ATR, por exemplo.
Assim como os jatos regionais, o turboélice oferecerá um porão de carga abaixo da cabine além de um nível de ruído ainda menor que o dos E-Jets.
Em março, a Embraer realizou testes aerodinâmicos com as hélices e agora está finalizando o conceito como um todo.
Embraer errou abandonar o mercado turbohelice. Agora vai ter q sofrer para enfrentar airbus e ATR. Esse parece com o aviao brazuca- argentino q faliu a empresa no governo sarney.