A Embraer deve ficar por um bom tempo com o portfólio de aeronaves comerciais restrito aos modelos E190-E2, E195-E2 e o E175 de primeira geração. A fabricante brasileira tem outros dois projetos em gestação, mas que estão “congelados” neste momento, o E175-E2 e o turboélice de nova geração que ainda não conta com um nome oficial.
E a situação não deve mudar tão cedo, como explicou Francisco Gomes Neto, CEO da Embraer, em entrevista durante a apresentação dos resultados de 2022. O executivo foi taxativo ao dizer que o E175-E2 continuará suspenso enquanto as cláusulas de escopo das companhias aéreas dos Estados Unidos não mudarem.
A aeronave deveria ser substituir o E175, maior sucesso comercial da empresa, porém, a fabricante decidiu apostar num jato com maior capacidade e peso, contando que o acordo entre os sindicatos de pilotos dos EUA e as grandes companhias aéreas como American, Delta e United, fosse relaxado.
Atualmente, as empresas regionais que prestam serviços as grandes transportadoras não podem operar aviões com mais de 76 assentos e que tenham um peso máximo de decolagem de 39 toneladas (86 mil libras). Os limites têm uma razão clara, impedir que as três repassem para as coligadas rotas importantes pagando salários menores aos tripulantes.
O problema é que o E175-E2 é um avião maior e mais pesado, algo que não pode ser mudado sem um grande trabalho de engenharia. E que não há qualquer sinal de mudança no horizonte já que houve várias renovações de acordos sem que cláusula tenha sido alterada.
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Por outro lado, o mercado de aviação regional nos EUA tem passado por uma transformação por conta da carência de mão de obra. Muitas companhias têm elevado salários tentando conter a falta de pilotos e comissários, mas corroendo suas já baixas margens de lucro. O reflexo desse fenômeno pode influenciar o futuro do E175-E2.
Apesar disso, a situação é relativamente confortável para Embraer já que hoje não existe um concorrente direto para o E175. A Bombardier vendeu a família CRJ para a Mitsubishi, que não cogita retomar sua produção. Ao mesmo tempo, a empresa japonesa abandonou o caro programa SpaceJet, que seria um competidor tecnicamente incômodo.
Turboélice anda devagar quase parando
Gomes Neto também foi questionado sobre o projeto do turboélice de nova geração, uma aeronave que deve oferecer duas versões, com 70 e até 100 assentos, e operar com um custo operacional bastante baixo. O CEO da Embraer confirmou que o programa segue praticamente suspenso enquanto o mercado de motores não apresenta uma solução que se encaixa com os requisitos de perfomance esperados.
Segundo ele, a Embraer continua a estudar o projeto, mas sem estabelecer metas de curto prazo. Até antes da suspensão, a empresa pretendia lançar o projeto em 2023. O investimento no projeto do turboélice representou 15% do total destinado a pesquisas e desenvolvimento em 2022, mas a Embraer reconheceu que essa participação cairá bastante neste ano.
Em vez de turboélice, a companhia está investindo no Energia, uma família de aeronaves sustentáveis que deverá utilizar um sistema híbrido de energia elétrica e hidrogênio.
Uma pergunta : esse turbo-hélice não se encaixaria nas atuais regras de escopo?
Será que a Embraer mudaria de opinião em caso de uma joint venture com alguma empresa indiana em uma substancial encomenda?
O E175 foi a versão mais vendida da geração 1. Aí a Embraer fez a geração 2 e simplesmente “matou” a galinha dos ovos de ouro porque “achou” que as regras na aviação regional dos EUA mudariam.
Muito inteligente, só que não. Enterrou a geração 2.
Quem agradece é a Airbus, com o seu A220.
Esse turbo helice poderia se encaixar poren no creio que seja viavel uma aeronave a helices sustitiur os aviões a jato no meu ponto de vista e um investimento auto ja que as empresas aereas tem buscado aviões mas eficientes e rapidos com baixo custo opracional.
O que me deixa sem um entendimento é porque não existe mercado na Europa, Ásia, África, Oceania para E-175E2 ???????
A Embraer apostou no relaxamento das cláusulas,mas…ela não poderia adivinhar,o 175E2 e superior ao 175E1 em todos os requisitos,se não fosse isso esses 175 E2 teria mais encomendas até que o 195E2 ,já esse a hélice só se for uma coisa fora da caixa totalmente,por que o mercado americano na gosta de regionais a hélice,e infelizmente e o maior mercado da Embraer