A presença de um jato Antonov no Brasil é geralmente motivo de interesse por onde quer que ele passe. Agora imagine se esse lugar é uma cidade que mal recebe voos comerciais? Foi o que ocorreu no início de fevereiro quando o An-124, segundo maior cargueiro do mundo, deu uma passada pela cidade fluminense.
É verdade, não foi a primeira vez do gigante em Cabo Frio, que recebeu o Antonov em outras sete ocasiões, mas nem por isso não faltaram curiosos no aeroporto local para ver o quadrirreator de 400 toneladas. Na última sexta-feira (02), o avião ucraniano veio até o Brasil para buscar partes de uma plataforma de petróleo de 30 toneladas que está sendo montada em Houston, nos Estados Unidos.
Com uma pista de 2.550 metros, Cabo Frio só fica atrás do aeroporto do Galeão em tamanho. Seu pátio comporta até 23 aeronaves, embora o forte ali sejam helicópteros de off-shore, o transporte para as plataformas de petróleo localizadas na Bacia de Campos.
Visitas constantes
Enquanto seu irmão maior, o An-225 Mriya, esteve poucas vezes no Brasil, o An-124 tem pousado com certa frequência por aqui e não apenas nos grandes terminais como o de Viracopos, o maior em matéra de carga aérea. A aeronave da Antonov tem explorado como nenhuma outra suas possibilidades de transporte de grandes cargas como ocorreu recentemente em Fortaleza.
Em setembro do ano passado, o An-124 esteve na capital cearense para levar para a Alemanha um Boeing 737-200 que pertenceu à Lufthansa e que protagonizou um sequestro em outubro de 1977. A fuselagem do jato americano coube com folga no porão do cargueiro, certamente uma grande economia de tempo e dinheiro caso fosse preciso transportá-lo por navio até a Europa.
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