Depois de sentirem o duro golpe causado pelo surto do novo coronavírus no início deste ano, as três maiores companhias aéreas da China registraram uma leve recuperação no tráfego doméstico em abril.
A China Southern e a China Eastern Airlines relataram um número maior de passageiros transportados em suas respectivas redes domésticas no mês passado. A primeira transportou 3,83 milhões de pessoas no período, um aumento de 6,1% em relação a março, enquanto a segunda empresa recebeu 2,64 milhões de clientes, anotando um crescimento de 25%.
Das três maiores empresas aéreas chinesas, apenas a Air China recebeu menos passageiros domésticos em abril. A terceira maior empresa da China transportou 2,65 milhões de pessoas no período, o que representa uma queda de 4,2% comparado ao mês anterior.
No entanto, embora estejam mostrando sinais de recuperação, as três companhias chinesas transportaram muito menos passageiros em relação ao mesmo período em 2019 e ainda apresentam reduções na faixa entre 62% e 70%.
O governo chinês vem aliviando gradualmente as restrições de viagens por cidades no país desde o final de março, liberando as companhias aéreas a reintroduzir lentamente a capacidade em suas redes domésticas. O exemplo mais notável está em Wuhan, onde começou o surto da Covid-19 no final de 2019 e que foi reaberta para voos comerciais no dia 8 de abril após um lockdown de 11 semanas.
Apesar de começarem a retomar os trechos domésticos, a três grandes empresas aéreas da China ainda sofrem com a demanda enfraquecida de voos internacionais, em parte devido às restrições de viagens em vigor no mundo todo.
Maior companhia aérea da China, a China Southern transportou apenas 29.700 passageiros internacionais em abril, 78% a menos que em março e uma queda de 98,2% em relação ao ano passado.
A Air China transportou 15.300 passageiros em sua rede internacional, uma queda de quase 90% no mês e um declínio de 99% no ano.
Por fim, a China Eastern transportou 17.600 passageiros internacionais no mês passado. Esse volume foi 85% inferior ao de março e quase 99% inferior ao resultado da empresa nos quatro primeiros meses de 2019.
Enquanto muitos países seguem debatendo se ações de isolamento social e restrições de viagens realmente são efetivas, a China vem mostrando ao mundo que tais medidas são fundamentais para reduzir e controlar o risco de contágio pelo coronavírus. Por lá, o pior já passou…