Oficialmente aposentados, jatos “invisíveis” F-117 participam de exercício militar nos EUA

Três bombardeiros furtivos F-117 Nighthawk estão participando do exercício militar Northern Lightning 2023, no estado Minnesota
Pioneiro: o F-117 foi desenvolvido em segredo na década de 1970 na Área 51 (USAF)
Pioneiro: o F-117 foi desenvolvido em segredo na década de 1970 na Área 51 (USAF)

Aposentados, mas talvez nem tanto. Três jatos furtivos F-117 Nighthawk estão participando do exercício militar Northern Lightning 2023, organizado pela Guarda Aérea Nacional dos Estados Unidos, nos estados de Winsconsin e Minnesota, entre os dias 7 a 18 de agosto.

Conforme relatou o website The Aviationist, os antigos aviões stealth estão voando diariamente, normalmente em duplas, usando o indicativo de rádio “NIGHT”, que sempre foi usado pelos F-117. Ainda de acordo com a página, as aeronaves estão operando a partir da Base Aérea da Guarda Nacional em Duluth, no Minnesota, onde chegaram no último dia 4 de agosto.

Para os entusiastas e fotógrafos que acompanham o treinamento militar, a aparição dos “Black Jets” foi uma completa surpresa, afinal não houve um anúncio prévio sobre a participação dos mesmos.

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Oficialmente desativados há mais de 15 anos, os F-117 continuam sendo empregados corriqueiramente em treinamentos, atuando principalmente como aeronaves furtivas adversárias, bem como em pesquisas e avaliações de voo.

Os Nighthawk remanescentes ficam baseados no Tonopah Test Range, um centro de testes da Força Aérea dos EUA (USAF) no estado de Nevada com severas restrições de acesso. No passado, essa mesma instalação foi a casa do esquadrão “Red Eagles”, que entre os 1960 e 1980 testou caças russos MiG adquiridos pela USAF de forma clandestina.

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O dia que um F-117 foi abatido por um antigo míssil soviético

Pioneiro furtivo

Projetado e construído pela Lockheed Martin, o F-117 foi o primeiro avião furtivo do mundo a entrar em serviço. O avião foi introduzido pela USAF em 1983, mas sua existência foi revelada somente em 1988, depois do modelo ter participado da Invasão do Panamá – operação militar realizada pelos EUA para depor o ditador panamenho Manuel Noriega.

Lockheed Martin F-117A Night Hawk
“Invisível” aos radares, o F-117 realizava bombardeiros sem ser detectado (USAF)

O formato exótico da aeronave, com linhas retas e ângulos acentuados, serve para refletir as ondas de radar, que recebem de volta um sinal fraco que não é identificado como um avião. Fora isso, a fuselagem e asas do F-117 eram revestidas com um material absorvente de ondas eletromagnéticas, cuja fórmula até hoje é mantida em segredo.

Entre as décadas de 1970 e 1980, a Lockheed Martin produziu um total de 64 jatos F-117, que permaneceram na frota ativa da USAF até 2008.

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  1. Na minha humilde opinião esse é o avião mais icônico da era moderna. O U-2 pode ter sido importantíssimo na época da guerra fria, porém o F-117 foi o primeiro modelo realmente empregado em combate que fez jus a todos os esforços da Lockheed Martin para ter um avião incrivelmente capaz de enfrentar os riscos de combates em zonas inimigas ativas.
    O mais fantástico são suas linhas angulares que o tornaram praticamente impossível de ser controlado sem o auxílio de computadores, algo inédito na época.
    Muitos dizem que esse avião atravessou diversos países americanos e que ninguém reclamou ou notificou anomalias de radar nas ocasiões de testes.
    Enfim, um divisor de águas na aviação.

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