A ACSA, Airports Company South Africa, sócia da Invepar na concessiónaria GRU Airport, que gerencia o Aeroporto de Guarulhos, deixou a sociedade, segundo nota de fato relevante publicada no dia 14 de julho.
Os 20% de participação que a empresa sul-africana detinha na GRUPAR foram assumidos pela Invepar, que passa a ser a única sócia da Infraero na GRU Airport, com 51% do controle da concessionária.
A saída da ACSA não foi explicada na nota de duas semanas atrás. A empresa especializada na administração de aeroportos tornou-se sócia no consórcio que arrematou a concessão de Guarulhos em fevereiro de 2012.
Nesse leilão, realizado durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, o edital requeria que um dos sócios tivesse experiência em administração de aeroportos, mas instituiu uma parâmetro relativamente pouco exigente já que a ACSA, controlada pelo governo da África do Sul, tinha como principal ativo a gestão do aeroporto de Joanesburgo.
No ano passado, a empresa obteve um empréstimo de US$ 174 milhões de bancos do país para suportar a queda no tráfego aéreo na África do Sul. Em fevereiro deste ano, a ACSA vendeu a participação de 10% que detinha na operadora do aeroporto internacional de Mumbai, Chhatrapati Shivaji Maharaj.
O movimento de consolidação em Guarulhos foi em direção contrária ao que ocorreu com o Galeão, no Rio de Janeiro. O aeroporto internacional da capital fluminense viu a Odebrecht Transport deixar a sociedade ao repassar sua parte na sociedade para a Changi, conhecida operadora de Cingapura, em 2017.
No primeiro semestre de 2021, o Aeroporto de Guarulhos movimentou 9,2 milhões de passageiros, contra 11,3 milhões no mesmo período de 2020. Dois anos atrás, antes da pandemia, o terminal aéreo atingiu um total de 20,6 milhões de passageiros transportados na primeira metade de 2019.