Senta que lá vem nostalgia. Quem tem menos de 40 anos provavelmente não deve lembrar ou nunca assistiu um bom comercial de uma companhia aérea na televisão brasileira. Nesse sentido, nenhuma empresa do setor dos dias atuais conseguiu chegar perto da criatividade e a sensibilidade da Varig em promover seus serviços.
Com o advento da internet, peças publicitárias promovidas por companhias aéreas brasileiras (e basicamente de todos os outros setores do mercado) foram transformadas em anúncios relâmpagos com pouca ou zero inspiração, limitando-se a divulgar preços de passagens aéreas e promoções em propagandas descartáveis com poucos segundos de duração.
Os comerciais da Varig, por outro lado, eram superproduções, com participação de celebridades e destacados por jingles marcantes, tanto que até hoje são lembrados e de certa forma ajudam a preservar a história da empresa e da aviação comercial no Brasil.
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Confira a seguir alguns dos comerciais mais famosos da Varig:
Seu Cabral
Uma das propagandas de televisão mais lembradas da Varig é também uma das mais antigas produzida pela companhia. A peça “Seu Cabral”, de 1967, promovia as rotas da empresa entre o Rio de Janeiro e Lisboa, em Portugal. A canção tocada no anúncio foi criada pelo compositor Archimedes Messina e a interpretação da letra ficou a cargo de Ada de Castro, célebre fadista portuguesa.
A saga de Urashima Taro
Outro clássico comercial da Varig, a “A saga de Urashima Taro”, baseado na lenda japonesa, promovia os voos da empresa para o Japão, realizados na década de 1980. A música que toca no anúncio é interpretada por Rosa Myake, que na época apresentava o programa Imagens do Japão.
Para um pouquinho, descansa um pouquinho…
Se fosse vinculado nos dias atuais, o comercial da Varig ofertando voos sem escalas pelo Brasil certamente seria classificado como um “anúncio viral”. Quem viveu nos anos 1990 certamente cantarolou ou ouviu a música da propaganda, que provocava a concorrência e os intermináveis voos com diversas paradas pelo caminho.
Sleeper Seat
Narrado pela indefectível voz de Íris Lettieri, a famosa locutora dos aeroportos do Rio de Janeiro, essa peça dos anos 1980 promove as poltronas “Sleeper Seat” de primeira classe dos Boeing 747 da Varig, que foi a única companhia aérea brasileira a voar com o lendário Jumbo. Para os padrões da época, foi uma propaganda e tanto, com recursos visuais totalmente digitais.
Chegada do MD-11 à frota da Varig
A Varig era uma empresa muito orgulhosa de sua frota e era comum que a chegada de novos modelos de aeronaves fosse celebrada em comerciais com belas imagens. Foi assim com a introdução em 1991 do então moderno trijato McDonnell Douglas MD-11, que rendeu uma série de anúncios destacando as qualidades e a performance avançada da aeronave.
Despedida do Electra
A retirada de aviões veteranos da frota também era motivo de celebração para a Varig. A despedida do Electra II, o avião mais famoso a voar na ponte aérea Rio-São Paulo, rendeu uma propaganda emocionante com imagens estonteantes e uma belíssima canção exaltando a rota e o avião na voz de Milton Nascimento.
Eu tive o privilégio de voar num electra da ponte aerea, bons tampos!
Viajei do Rio de Janeiro até Frankfurt num MD-11 da Varig. Inesquecível o meu primeiro vôo internacional, guardo boas lembranças! Saudades da Varig! 😔
Faltou o comercial do Natal. Segue abaixo o jingle.
Estrela brasileira no céu azul, iluminando de norte a sul.
Mensagem de amor e paz, chegou o Natal. Papai Noel voando a jato pelo céu, trazendo um Natal de felicidade . . . um ano novo cheio de prosperidade . . .
VARIG, VARIG, VARIG . . . .
SOMENTE POR CURIOSIDADE NÃO HOUVE ALGUM JINGLE SOBRE O BOEING 777-200, A VARIG FOI A EMPRESA QUE INTRODUZIU ESTE JATO NO BRASIL
Voava diariamente pela Ponte Aérea…avião barulhento……desconfortável…hj só peça de museu…Salve a Evolução…737 e 320 são Ótimos !
VARIG – Inesquecível !
O comercial do 747 é do “sleeper seat”, não “liberty seat”.
Saudades mesmo é da Varig, empresa que obteve renome internacional de excelência e bons serviços prestados.
infelizmwnte, “má-gestão” acabou com mais uma empresa brasileira de destaque
Obrigado pelo aviso! Já foi corrigido.
Saudades da Panair do Brasil… a Varig obteve as linhas internacionais “herdadas” da Panair… com a Panair “fora” da aviação, e com seus equipamentos (aviões, trechos, clientes, infraestrutura…) a Varig cresceu… não foi coincidência Fundação Rubem Berta ser no Rio. Não pretendo ofender aos saudosistas da Varig, mas o golpe na Panair foi covarde demais
Saudades de uma grande empresa aérea brasileira. Não esses lixos que temos hoje como Gol e Azul.