A OTAN vai começar a “automatizar” suas operações de vigilância nas zonas de conflito que acompanha. A aliança militar apresentou nessa quinta-feira (5) sua primeira aeronave não tripulada, o Northrop RQ-4 Global Hawk. O aparelho é o primeiro de uma encomenda de cinco unidades avaliadas em US$ 1,7 bilhão.
A aeronave desenvolvida nos Estados Unidos não carrega armas. Sua função é vigiar e controlar ameaças hostis, servindo como um posto de observação avançada na linha de frente. O Global Hawk pode monitorar aeronaves e veículos em solo em missões de longa duração, que podem durar até 28 horas percorrendo uma distância de 14.000 km.
O Global Hawk possui radar com longo alcance de busca, sensores térmicos, câmeras e aparelhos para interceptar comunicações. O controle da aeronave é feito a partir de uma base terrestre, que também recolhe e distribui as informações obtidas nas missões, que podem ou não determinar um ataque por forças terrestres ou aéreas.
Com 14,5 metros de comprimento e 39,9 m de envergadura, o Global Hawk é a maior aeronave não tripulada da atualidade, embora existam indícios sobre um “super drone” chinês. A aeronave a jato voa a uma velocidade de 575 km/h a 18 mil metros de altitude, o que permite vigiar uma aérea de 100 mil metros quadrados em um dia.
O primeiro drone da OTAN está programado para voar entre agosto e setembro deste ano e deve entrar em ação em 2016. Além da Northrop, as aeronaves não tripuladas desenvolvidas para a aliança militar também contaram com a participação da Airbus, Selex EX e Kongsberg.
O drone de vigilância voou pela primeira vez em 1998 e iniciou suas operação militares com os Estados Unidos em 2006. O país possui atualmente cerca de 50 unidades do Global Hawk, distribuídos entre a força aérea (USAF) e a marinha (US Navy). Outro operador é NASA, que o utiliza em pesquisas sobre aeronaves não tripuladas.
Canadá, Coreia do Sul, Índia, Japão e Nova Zelândia são outros países interessados em adquirir o Global Hawk para suas forças armadas.
Drones brasileiros
A Força Aérea Brasileira (FAB) também já entrou na era das aeronaves não tripuladas. Em 2009 a FAB adquiriu dois Hermes 450, da empresa israelense Elbit. O drone possui equipamentos de vigilância e segundo a descrição da FAB serve para missões de “vigilância, reconhecimento e retransmissão de comunicação”. O aparelho pode permanecer voando por até 20 horas.
Em 2014 a FAB comprou mais uma aeronave não tripulada, mas desta vez de maior performance. O Hermes 900 possui equipamentos de busca com alcance superior e pode cumprir missões de vigilância de até 30 horas.
Galeria de Fotos:
Caro Thiago,
Deve estar havendo algum erro, de tradução ou algo parecido, pois um drone destes poderia vigiar muito mais do que 100 mil metros quadrados por dia: “A aeronave a jato voa a uma velocidade de 575 km/h a 18 mil metros de altitude, o que permite vigiar uma aérea de 100 mil metros quadrados em um dia.”
Ela deve fazer isso por minuto !
Att.,
Riva.