A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) anunciou nesta quarta-feira (15) que irá encomendar seis Boeing E-7A Wedgetail para assumirem as missões de alerta aéreo antecipado e controle, conhecida pela sigla AWACS ( Airborne Warning and Control System).
O avião, baseado no jato 737NG, substituirá outro Boeing, o E-3 Sentry, que usa a base do quadrimotor 707. A OTAN afirma que a produção dos jatos terá início nos próximos anos e o primeiro deles deverá estar apto para serviço em 2031.
Segundo a organização de países, um consórcio de aliados (Bélgica, Alemanha, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Romênia e Estados Unidos) concedeu a aprovação do projeto neste mês.
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“As aeronaves de vigilância e controle são cruciais para a defesa coletiva da OTAN e saúdo o compromisso dos Aliados em investir em capacidades de ponta”, disse o Secretário-Geral da OTAN, Jens Stoltenberg. “Ao reunir recursos, os Aliados podem comprar e operar coletivamente ativos importantes que seriam demasiado caros para serem adquiridos por países individuais. Este investimento em tecnologia de ponta mostra a força da cooperação transatlântica em defesa à medida que continuamos a adaptar-nos a um mundo mais instável”.
O E-7 Wedgetail foi desenvolvido pela Boeing a pedido da Austrália, mas logo conseguiu novos contratos com países como Reino Unido, Turquia e Coreia do Sul.
Ao contrário do E-3, que tem uma antena giratória em formato de disco, o Wedgetail possui um sistema de radar de abertura sintética, mais efetivo e moderno que seu antecessor.
Os novos conflitos e tensões que surgiram pelo mundo nos últimos anos têm motivado a uma atualização das plataformas de alerta aéreo antecipado, mais conhecidas como “aviões-radares”.
A Força Aérea dos EUA (USAF), que opera o E-3 em versões mais antigas, também contratou a Boeing para fornecer o E-7 enquanto planeja uma aeronave mais avançada para esse fim.
Os E-3 Sentry da OTAN começaram a ser entregues em 1982, parte de uma encomenda de 18 aeronaves, das quais 14 estariam operacionais.
Os quadrimotores possuem matrículas de Luxemburgo e são operados a partir da Base Aérea de Geilenkirchen, na Alemanha, onde também ficarão os E-7.