Mais uma fabricante de aeronaves elétricas de mobilidade aérea urbana entrou com pedido de concordata, agora a Volocopter.
A empresa é rival da Eve, subsidiária da Embraer, que está desenvolvendo um “carro voador” no Brasil.
Em 26 de dezembro, a startup alemã confirmou a insolvência após meses de atribulações financeiras.
O pedido ocorre após tentativas de buscar financiamento com potenciais investidores falharem. Com a entrada em administração, a Volocopter terá até fevereiro para encontrar um comprador e manter os cerca de 500 empregados.
Criada como E-Volo, a empresa foi uma das pioneiras em projetos de aeronaves eVTOL (decolagem e pouso curto movidades a eletricidade).
Seu primeiro conceito, o VC1, voou em 2011 e 12 anos depois a Volocopter realizava uma marcante demonstração aérea em Nova York com o modelo 2X.
Embora tenha estabelecido metas ousadas, a empresa não conseguiu obter o certificado de tipo como planejado e frustrou a proposta de transportar atletas durante os Jogos Olímpicos de Paris em julho.
O novo pedido de falência ocorre após outra startup alemã, a Lilium, quase fechar as portas. Um consórcio de investidores decidiu adquiri-la às vésperas do prazo final dado pelo governo alemão.
A mobilidade aérea urbana tem dado origem a várias iniciativas, muitas delas de pequenas empresas, que prometem uma solução para deslocamentos de curto alcance mais acessível que helicópteros e viagens terrestres.
No entanto, por ser um novo segmento de aviação, os eVTOL exigem legislações inéditas além uma infraestrutura capaz de oferecer segurança para as operações.