O Paquistão pretende ser o primeiro cliente do caça furtivo J-31 (FC-31), desenvolvido pela chinesa Shenyang. A aeronave de combate foi revelada no início da década passada, mas acabou suplantada pelo Chengdu J-20 na Força Aérea do Exército de Libertação Popular (PLAAF).
Em um discurso recente, o chefe da força aérea, Zaheer Sidhu, afirmou que “já foram lançadas as bases para a aquisição do caça stealth J-31, que deverá se tornar parte da frota em um futuro próximo”.
O FC-31 é um caça de 5ª geração bimotor de porte semelhante ao Lockheed Martin F-35. O governo chinês havia abandonado os planos de produzir o jato supersônico, mas decidiu desenvolver uma variante naval, o J-35, para operar a bordo do novo porta-aviões Fujian.
No entanto, a AVIC, empresa que controla a Shenyang, tem apresentado o FC-31 como um produto de exportação e uma maquete do caça foi exposta no estande da empresa no Paris Air Show.
A Força Aérea Paquistanesa tem laços duradouros com a China, sendo a maior operadora do Chengdu F-7 (um MiG-21 feito sob licença) fora do país de origem.
Além disso, a fabricante Pakistan Aeronautical Complex (PAC) e a Chengdu desenvolveram em conjunto o caça JF-17 Thunder além de a força aérea ser a única cliente externa do J-10C, um caça bastante capaz.
O governo paquistanês pretende não apenas ampliar o poderio militar do país asiático como também desenvolver sua industria local de defesa. Para isso, uma aeronave furtiva é considerada imprescindível em vista do crescente investimento em armamentos feito pela vizinha e rival Índia.
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Há relatos, no entanto, que o Paquistão também avalia participar do projeto do caça turco KAAN, da Turkish Aerospace Industries. Sidhu, no entanto, não especificou quantas aeronaves de 5ª geração a força aérea pretende encomendar.