A Marinha do Paquistão está próxima de receber mais dois jatos executivos Embraer Lineage 1000 que serão convertidos para a padrão Sea Sultan, de patrulha naval multimissão de longo alcance, segundo o website Pakistan Strategic.
O primeiro Lineage 1000 foi entregue a marinha paquistanesa em setembro de 2021. A aeronave, ainda com a configuração original, hoje está baseada em Karachi e vem servindo no treinamento dos futuros pilotos do Sea Sultan.
Anunciada em outubro de 2020, aquisição dos jatos da Embraer de segunda mão e a conversão deles para uso militar é parte do plano de renovação da frota de patrulha naval da Marinha do Paquistão, que opera o veterano P-3C Orion. Ao todo, o país pretende ativar 10 modelos Sea Sultan, todos eles derivados do Lineage 1000 – jato executivo que a Embraer tirou de linha em 2020, depois de entregar 28 unidades.
De acordo com a mídia paquistanesa, os Lineage 1000 da marinha serão revisados pela Paramount Group, na África do Sul, sob a liderança da Leonardo, empresa italiana responsável pelo projeto, instalação e integração dos sistemas de guerra da aeronave. A transformação do jato executivo, que é uma variante do E190 de passageiros, não conta com a participação da Embraer.
A substituição dos antigos P-3C é uma pauta antiga da Marinha do Paquistão. Em 2018, Islamabad lançou um processo de licitação para trocar os velhos turboélices por uma aeronave mais avançada, com peso máximo de decolagem de até 140.000 libras (63.502 kg) e alcance de voo acima de 4.000 milhas náuticas (7.000 km).
Jato executivo de alto luxo, o Lineage 1000E oferece um desempenho que atende os requisitos dos paquistaneses: pode percorrer cerca de 8.500 km (5.300 milhas) e decola com peso máximo de 120.000 libras (54.500 kg).
A escolha do Lineage 1000E como avião de patrulha naval faz algum sentido se considerarmos apenas a plataforma da aeronave. Diferentemente do modelo comercial E190, que transporta mais de 100 passageiros (e suas bagagens), a versão executiva reserva o espaço no porão de bagagens para adicionar mais tanques de combustível, o que aumenta consideravelmente a autonomia da aeronave.
E a fab insistindo em p3 com asas capangas e com baixíssima disponibilidade