Para indiano ver: Boeing testa Super Hornet em pista com rampa

Boeing quer emplacar o Super Hornet na Marinha da Índia, que busca um novo caça para seus porta-aviões com sistema “ski-jump”
F/A-18 Super Hornet decolando com auxílio de uma rampa (Boeing)

A Boeing e a Marinha dos EUA provaram recentemente que o caça F/A-18 Super Hornet pode decolar com o auxílio de uma rampa (ski-jump), demonstrando a adequação da aeronave para os porta-aviões da Índia.

Os testes, realizados na base naval de Patuxent River, no estado de Maryland, mostraram que o Super Hornet se sairia bem com o sistema de decolagem curta e validou estudos de simulação anteriores da Boeing.

“O primeiro lançamento seguro e bem-sucedido do F/A-18 Super Hornet de um ski-jump inicia o processo de validação para operar de forma eficaz a partir dos porta-aviões da Marinha indiana”, disse Ankur Kanaglekar, diretor de vendas da Boeing na Índia. “O F/A-18 Block III Super Hornet não só fornecerá capacidade superior de combate à guerra para a Marinha da Índia, mas também criará oportunidades de cooperação na aviação naval entre os Estados Unidos e a Índia.”

A marinha indiana está estudando suas opções de caça e planeja adquirir 57 aeronaves. “Se selecionar o Super Hornet, se beneficiará de bilhões de dólares investidos em novas tecnologias pela Marinha dos EUA e outros”, informa a Boeing.

O Super Hornet é a principal aeronave de defesa e ataque a bordo dos super porta-aviões nucleares da Marinha dos EUA. O jato americano, no entanto, foi concebido originalmente para decolar de embarcações com sistemas de catapulta de lançamento.

Outra fabricante em negociações com os indianos é a francesa Dassault, que oferece a versão naval do Rafale. Tal como o caça da Boeing, o modelo francês também precisa ser avaliado em porta-aviões com ski-jump.

Orgulho da frota

INS Vikramadita - Marinha Indiana
O INS Vikramadita foi comissionado na Marinha Indiana em 2013 após uma longa reforma (Indian Navy)

A Marinha indiana conta atualmente com um porta-aviões em serviço, o INS Vikramaditya, comprado de segunda mão da Rússia (que herdou o barco da União Soviética), em 2004. O navio passou por uma longa reforma até ser comissionado novamente em 2013, com a bandeira da Índia.

A embarcação é um navio-aeródromo do tipo STOBAR (sigla em inglês para Decolagem Curta e Recuperação por Arresto), no qual as aeronaves decolam por uma rampa sem o auxílio de catapultas de lançamento – equipamento típico de porta-aviões CATOBAR (Decolagem Assistida por Catapulta e Recuperação por Arresto).

O Vikramaditya é um dos maiores porta-aviões STOBAR do mundo. Em configuração de combate, a embarcação transporta 26 caças MiG-29K e 10 helicópteros Kamov Ka-31 AEW&C (alerta e controle aéreo antecipado) e Ka-28 ASW (guerra antissubmarino). Outros países que operam navios desse tipo são a Rússia, China, Itália e o Reino Unido.

INS Vikramadita - Marinha Indiana
Caça MiG-29K decolando do Vikramaditya; jato russo pode fazer companhia ao F/A-18 (Indian Navy)

A aquisição de novos caças navais é um assunto urgente para a marinha indiana, que planeja aumentar sua frota com mais cinco porta-aviões nos próximos 20 anos, todos eles do tipo STOBAR e construídos localmente. O primeiro modelo dessa nova safra, o INS Vikrant, deve ser lançado ao mar no próximo ano e logo vai precisar de sua própria escolta de caças.

Veja mais: Embraer entrega quarta aeronave KC-390 à FAB 

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