A visita do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, à sede da Embraer nesta sexta-feira, 26, não trouxe a prometida nova encomenda de jatos E195-E2 pela Azul Linhas Aéreas.
Como já havia sido comentado, os 13 aviões que empresa aérea brasileira receberá em 2024 já fazem parte de uma encomenda de 2019.
Mas a Embraer aproveitou os holofotes para anunciar um novo ciclo de investimentos no país, de cerca de 2 bilhões de reais.
Segundo a empresa, o investimento será direcionado a várias atividades, entre elas pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, expansão dos serviços aeronáuticos, que inclui conversão de aeronaves de passageiros em cargueiros, defesa e segurança, projetos de aumento de eficiência e ampliação da atividade industrial.
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“A Embraer está iniciando uma nova fase de crescimento baseada em eficiência e inovação. Estamos focados em capturar todo o nosso potencial nos diversos segmentos em que atuamos rumo a uma aviação mais sustentável”, disse Francisco Gomes Neto, Presidente e CEO da Embraer.
A expactativa é que sejam criadas mais 900 vagas de emprego, uma das bandeiras de Lula. A Embraer já contratou recententemente mais 1.500 funcionários, voltando aos níveis pré-pandemia quanto tinha 19.000 empregados diretos, 88% deles no Brasil.
Expansão de jatos E195-E2 na Azul
Se a divulgação errônea do ministro de Portos e Aeroportos fez crer que a Azul pretendia fechar um novo pedido de jatos E195-E2, a transportadora brasileira ao menos fará a maior expansão da frota do modelo neste ano.
Os 13 novos jatos, o primeiro deles de matrícula PS-AEU entregue na cerimônia de sexta-feira, farão a frota do E195-E2 saltar para 33 aeronaves.
A Azul é a cliente lançadora do maior jato de passageiros da Embraer, tendo recebido o primeiro E195-E2 em setembro de 2019.
Naquele ano, a companhia aérea adcionou outros três aviões, além de cinco jatos em 2020.
A pandemia interrompeu a renovação de frota em 2021 e somente em 2022 a Azul voltou a receber o avião da Embraer, com cinco exemplares entregues. No ano passado, foram seis aeronaves, totalizando 20 E195-E2.
A Azul tem um pedido firme de 51 jatos E2 mas até aqui tem recebido aviões arrendados de terceiros.
“Vivemos em um país de dimensões continentais e voamos para lugares onde nenhuma outra companhia voa. Esta compra é também um investimento no crescimento do país e endossa o compromisso da Azul de conectar cada vez mais o Brasil. Temos orgulho de ser uma companhia aérea brasileira que voa com aviões brasileiros”, afirmou John Rodgerson, CEO da companhia aérea.
A Embraer aproveitou a visita para “fazer média”, nada mais que isso; tais investimentos já estavam nos planos da fabricante. É a hipocrisia reinante nessa sociedade “moderna”.