A Piaggio Aerospace, que entrou em concordata no final de 2018, conseguiu angariar € 30 milhões (cerca de R$ 196,2 milhões) de um fundo de investimentos da Itália, abrindo caminho para a fabricante italiana retomar totalmente suas operações e continuar o esforço para atrair um novo comprador. O principal produto da empresa é o exótico turboélice executivo P.180 Avanti.
“O acordo, alcançado ao final de um processo que envolveu inicialmente outras instituições financeiras públicas e privadas, agora permitirá que a Piaggio Aero Industries e a Piaggio Aviation – as duas empresas do grupo Piaggio Aerospace – estejam plenamente operacionais”, disse Vincenzo Nicastro, o comissário que administra a dívida da Piaggio. “O processo de venda (das divisões da Piaggio) também pode ser concluído”, acrescentou.
O fundo Mubadala injetou 225 milhões de euros na empresa, mas não foi o suficiente para reerguê-la. Endividada, a Piaggio declarou insolvência em 2018 e iniciou um processo de reestruturação.
Desempenho de jato, custo de turboélice
Desde 1986, a Piaggio produziu mais de 200 unidades do P.180 Avanti, projeto que utiliza motores na configuração “pusher”, ou seja, instalados com as hélices na parte traseira do motor. O aparelho também utiliza canards, mas mantém os profundores na cauda em T. Sua aerodinâmica aprimorada tornou sua fuselagem bastante característica, sobretudo pela asa à meia altura.
Modelo com maior desempenho, o Avanti EVO pode voar a 745 km/h e tem alcance de 3.278 km. Segundo o fabricante italiana, o P.180 oferece um desempenho semelhante ao de um jato executivo, mas com um custo operacional 40% mais baixo. O avião bimotor também é oferecido em versões militares especializadas em patrulha marítima.
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