A companhia aérea regional Passaredo, baseada em Ribeirão Preto (SP), anunciou nesta quarta-feira (21) a compra de 100% do controle societário da MAP Linhas Aéreas, de Manaus (AM). O valor da negociação não foi divulgado.
Com a aquisição da MAP, a Passaredo passa a operar na região Norte do Brasil, além de aumentar sua participação em São Paulo. No final de julho, as duas companhias assumiram parte dos slots no aeroporto de Congonhas que pertenciam à Avianca Brasil. Desta forma, a empresa aérea paulista agora dispõe de 26 horários diários de partida e chegada no terminal.
A Passaredo informou que pretende manter as operações atuais da MAP, assim como os postos de trabalho nas bases da empresa amazonense, que atualmente atende 14 destinos nos estados do Amazonas e Pará.
“Sempre tivemos muito interesse na Região Norte, mas a dificuldade logística nunca permitiu nossa expansão para aqueles mercados. Agora, com uma estrutura completa em Manaus, inclusive de manutenção, poderemos dedicar uma frota de aeronaves para assumir as operações regulares no Norte”, disse José Luiz Felício Filho, presidente da Passaredo.
Felício confirmou que empresa vai iniciar seus voos em Congonhas a partir de 27 de outubro e, em breve, iniciará a expansão da malha na região Norte. Com a incorporação da MAP, a Passaredo passará a voar para 28 destinos no Brasil e até o final deste ano planeja lançar mais nove operações.
Juntas, Passaredo e MAP possuem ao todo 13 aeronaves turbo-hélice ATR (modelos ATR 42 e ATR 72), sendo 10 atualmente em operação e outras três adicionais com chegada prevista para os próximos 45 dias.
Asas da Amazônia
Pouco conhecida nos grandes centros comerciais do Brasil, a MAP Linhas Aéreas estreou no mercado em 2013 e nos últimos anos foi a companhia aérea nacional que mais cresceu em movimentação de passageiros. Em 2018, a empresa registrou um aumento de 20%.
A notícia sobre a compra da MAP pela Passaredo pegou muita gente de surpresa. Fundada em 1995, a empresa aérea de Ribeirão Preto enfrentou sérias dificuldades nos últimos anos ao ponto de entrar com um pedido de Recuperação Judicial em 2012 e que foi concluído somente em 2017. Nesse mesmo ano, a companhia esteve perto de ser adquirida pelo grupo rodoviário Itapemirim, mas a negociação não avançou.
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