Uma cena como está nunca havia sido vista antes na aviação: um jato executivo pousando e decolando a partir de um aeródromo de terra. A atuação inusitada para o segmento foi realizada pelo Pilatus PC-24, que iniciou na semana anterior o programa de testes pós-certificação com ênfase em operações em pistas não pavimentadas. A fabricante suíça espera obter até o quarto trimestre deste ano a certificação “Rough Field” (Terreno Acidentado) para seu novo avião.
O primeiro pouso do PC-24 em uma pista de terra foi realizado no aeródromo de Woodbridge, em Londres, na Inglaterra. Segundo a Pilatus, a aeronave será testada nesse local pelas próximas duas semanas.
O programa de testes pós-certificação também inclui avaliações em pistas de neve, grama e gelo, o que de acordo com a fabricante vai permitir ao jato operar em praticamente 100% dos aeroportos no mundo. A fabricante alcançou a certificação básica para o PC-24 em dezembro de 2017 e desde então já entregou cinco unidades da nova aeronave e pretende entregar mais 23 jatos até o final deste ano. A aeronave é avaliada em cerca de US$ 8,9 milhões (R$ 33,6 milhões).
“Que foto! O PC-24 nas condições mais difíceis, usando uma pista não pavimentada pela primeira vez! Esse tipo de missão não seria concebível sem o trem de aterrissagem robusto do PC-24, os sistemas de flaps inteligentes e o design especial da asa. O PC-24 foi projetado exatamente com esse tipo de operação em mente – isso é a engenharia suíça no seu melhor”, comemorou Oscar J. Schwenk, presidente da Pilatus.
O PC-24 foi projetado desde o início para operações “off-road” e também para servir como avião utilitário, categoria que normalmente prefere aviões com motores a hélice. Além do design especial para operações em pistas não pavimentadas, a aeronave também é o único jato executivo equipado com uma porta especial de carga, praticamente igual a do turbo-hélice PC-12, o avião mais popular da Pilatus.
O novo jato da Pilatus tem capacidade para transportar oito passageiros e pode ser pilotado por um ou dois pilotos. A fabricante ainda destaca que a aeronave, devido a sua flexibilidade, também pode ser operada como ambulância aérea ou outras missões especiais que fogem do espectro da aviação executiva.
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Vai vender como pão quente para fazendeiros e pessoas ligadas ao agronegócio, mineração e demais setores que não dispõem de estrutura, principalmente nos países subdesenvolvidos.
As outras que corram atrás do seu também.