A rede estatal chinesa CCTV publicou nesta terça-feira (2) um curto vídeo que mostra o novo porta-aviões Fujian, também conhecido como Type 003, pela primeira vez em detalhes.
A embarcação realizava testes de amarração e apareceu num ângulo frontal com suas três catapultas eletromagnéticas descobertas.
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Com deslocamento de ao menos 80.000 toneladas, o Fujian só perde em tamanho para os super porta-aviões da Marinha dos EUA (com deslocamento de 100.000 ou mais toneladas).
O navio é o primeiro porta-aviões totalmente projetado e desenvolvido na China e deve entrar em serviço em 2025.
A Marinha do Exército de Libertação Popular (PLAN) possui outros dois porta-aviões, o Liaoning e o Shadong, que são baseados em porta-aviões russos, e usam o sistema “ski-jump” (rampa) para lançamentos de aviões.
As imagens mostram a ilha principal com andaimes além de uma maquete em tamanho real de um caça J-15 com as asas recolhidas.
CCTV Broadcast News Says PLAN CV-18 Fujian Aircraft Carrier Undergoes Mooring Test as Planned pic.twitter.com/auBVk3YVpE
— David Wang (@Nickatgreat1220) January 2, 2024
Testes no mar
Apesar de terem sido publicadas em 2 de janeiro, as imagens de vídeo teriam sido gravadas há algum tempo já que há relatos de que o Fujian voltou à doca seca em Jiangnan, para as últimas checagens antes do início dos testes em mar aberto.
Em novembro, um passageiro de um avião comercial flagrou um teste de lançamento nas catapultas eletromagneticas (EMALs), feito com um veículo terrestre.
As três EMALs são as primeiras a equiparem um porta-aviões fora dos Estados Unidos, cuja Marinha introduziu a tecnologia na nova classe de navios Gerald R. Ford.
O sistema é considerado mais eficiente que a tecnologia de catapultas a vapor por ocupar menos espaço e possuir maior capacidade de lançamentos por hora.
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O novo porta-aviões chinês deverá receber uma ala aérea composta de caças J-15 e o novo J-35, com capacidade furtiva, além uma aeronave de alerta aéreo antecipado (KJ-600), drones e helicópteros.
O Fujian, no entanto, ainda fica atrás dos porta-aviões dos EUA em pelo um aspecto. Sua propulsão ainda é feita por turbinas a vapor em vez de reatores nucleares, que permitem à Marinha dos EUA navegar com suas embarcações por um longo tempo sem necessidade de reabastecimento.