Após centenas de voos cancelados ou que tiveram as aeronaves substituídas de última hora, o transporte aéreo nos EUA apresentou um impacto menor do que o esperado em relação aos problemas relacionados ao novo serviço de telefonia móvel 5G.
No início da semana, a FAA (Federal Aviation Administration) emitiu comunicados sobre riscos de interferência de antenas 5G próximas a aeroportos e que poderiam afetar o funcionamento dos rádio altímetros, equipamentos usados em pousos automáticos.
O receio de problemas fez com que várias companhias aéreas cancelassem voos, sobretudo os que eram operados com o Boeing 777, que seria o mais afetado pela suposta interferência de sinal.
Companhias como as japonesas ANA e JAL e a Emirates suspenderam vários voos com destino aos EUA diante da situação indefinida. Ao mesmo tempo as empresas de telefonia AT&T e Verizon decidiram adiar a instalação de antenas próximas às cabeceiras de aeroportos enquanto não ficava claro o impacto do 5G na aviação comercial.
LATAM muda aeronaves
Nesta quarta-feira, no entanto, relatos da American Airlines e United Airlines eram de um impacto menor nas viagens aéreas do que o esperado – ambas são operadoras do Boeing 777.
A agência de aviação civil norte-americana acabou liberando a operação dos modelos Boeing 717, 737, 747, 757, 767, 777, MD10/11 e Airbus A300, A310, A319, A320, A330, A340, A350 e A380, embora com algumas restrições.
Apenas o Boeing 787 Dreamliner permanecia afetado por potenciais interferências de redes de 5G.
A polêmcia com a nova rede de telefonia, no entanto, não está causando disrupção em outras partes do mundo, em linha com as empresas de telecomunicações, que negam que exista risco de interferência dos equipamentos.
Os problema com o 5G nos EUA acabaram afetando os voos da LATAM, que trocou seus Boeing 777, aeronaves de maior capacidade na sua frota, pelos Boeing 767 e o único 787 em serviço atualmente. Por conta disso, passageiros tiveram de ser realocados em outras datas por falta de lugares.