O presidente da Polônia, Andrzej Duda, confirmou nesta quinta-feira (16) em entrevista coletiva que o país enviará nos próximos dias quatro caças MiG-29 para a Ucrânia.
A postura de Varsóvia em enviar jatos de combate para o esforço de guerra da Ucrânia contra a Rússia contraria a posição da OTAN, que tem a Polônia no quadro de países membros.
Embora as nações que integram a OTAN e países simpáticos ao grupo tenham enviado uma série de armamentos e equipamentos militares para Kiev, o fornecimento de jatos de combate, a despeito dos constantes pedidos do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, vinha sendo evitado pela organização no intuito de evitar uma maior escalada do conflito em curso desde fevereiro de 2022.
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“Em primeiro lugar, literalmente nos próximos dias, entregaremos, pelo que me lembro, quatro aeronaves para a Ucrânia em pleno funcionamento”, disse presidente polonês. Segundo o mandatário, o país tem entre 10 e 20 caças MiG-29 que podem ser enviados à Ucrânia.
Segundo a rede CNN, outro país que também avalia fornecer jatos MiG-29 para Kiev é a Eslováquia, que junto da Polônia vem se portando como um dos maiores aliados de Zelensky na guerra contra a Rússia.
A confirmação do envio de caças para a Ucrânia ocorre dois dias após um drone de vigilância MQ-9 Reaper dos Estados Unidos ter sido derrubado no Mar Negro de forma bizarra por um Su-27 da força aérea russa.
O envio de caças MiG-29 para o esforço de guerra da Ucrânia é considerado o mais adequado devido a longa experiência dos aviadores e mantenedores ucranianos com esse tipo de aeronave. Os jatos da Polônia que serão destinadas ao país são unidades fabricadas na década de 1980, ainda nos tempos da antiga União Soviética.
Em pouco mais de um ano de guerra, a frota de caças e aviões de ataque da força aérea ucraniana foi praticamente aniquilada pela Rússia, que nos primeiros meses do conflito também sofreu pesadas baixas aéreas.