Diante da confirmação de mais um atraso nas primeiras entregas
do novo Boeing 777X,
anunciada pelo CEO da empresa norte-americana Kelly Ortberg na
última sexta-feira (11), a Emirates
Airlines revelou que terá “conversas sérias” com o
fabricante nos próximos meses.
“A Emirates teve que fazer alterações significativas e altamente
caras em nossos programas de frota como resultado de múltiplas
deficiências contratuais da Boeing”, disse o presidente da
companhia aérea, Tim Clark.
Com 777X atrasado e a Airbus tendo encerrado
a produção do A380, a Emirates está sendo obrigada a estender a
vida útil dos jatos de dois andares de sua frota, colocando-os em
um
extenso e caro programa de atualização.
Considerada a maior companhia aérea de voos de longa duração do
mundo, a Emirates também é uma das maiores clientes de aeronaves
widebody da Boeing. Clark ainda acrescentou que, com a situação
atual da fabricante dos EUA, não consegue entender “como a
Boeing pode fazer previsões confiáveis de datas de entrega”.
205 pedidos firmes da Emirates
A previsão inicial de entrega dos primeiros 777X era 2021, porém a empresa tem postergado a data de estreia várias vezes e por motivos variados.
No episódio mais recente, a Boeing foi forçada a suspender os testes de voo no avião há algumas semanas após descobrir rachaduras no suporte dos enormes motores GE9X.
A Emirates é a maior cliente da família 777X, que inclui o 777-9, de maior capacidade, o 777-8, com a maior autonomia, e o cargueiro 777-8F.
Segundo dados recentes, a empresa aérea sediada em Dubai possui 205 pedidos firmes.