Durante evento realizado nesta terça-feira (26), o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloísio Mercadante, anunciou a aprovação de financiamentos no valor de R$ 2,4 bilhões para produção e aquisição de aeronaves da Embraer.
Trata-se de mais um pacote de crédito concedido aos clientes da fabricante brasileira após a instituição ter liberado recursos para a venda de três jatos E190 para empresa de leasing egípcia CIAF e R$ 1,1 bilhão em junho para a companhia aérea Alaska Airlines, dos EUA.
Desta vez foram duas linhas de crédito, uma pelo modelo BNDES Exim Pós-Embarque, de R$ 1,4 bilhão que serão pagos pela Republic Airlines diante da aquisição de 14 aeronaves E175 de primeira geração.
A Embraer também obteve outro R$ 1 bilhão pela modalidade BNDES Exim Pré-Embarque, que serão usados na produção de jatos das famílias E1 e E2.
Estímulo à produção nacional
A concessão de crédito com juros baixos propiciada pelo banco de fomento nacional para empresas estrangeiras geralmente cria dúvidas em muitas pessoas já que o benefício direto deveria ser dado a entes nacionais. Mas na prática, a história é diferente.
Com o apoio do banco federal, empresas como a Embraer conseguem expandir as exportações e gerar riqueza para o país, entre elas os empregos para movimentar a cadeia de produção.
A oferta de financiamento associados a produtos nacionais é comum em dezenas de países, incluindo os EUA, onde existe o Exim Bank, uma espécie de “BNDES norte-americano”.
Esse tipo de crédito é uma alternativa a financiamentos privados quando estes estão com juros elevados ou o cliente em questão não tem uma classificação de risco adequada.
Apesar disso, algumas agências de crédito na Europa suspenderam os empréstimos para a Airbus, em meio à suspeitas de fraudes na década passada.
Para entender como funciona a operação de crédito basta imagimar a compra de um carro numa concessionária. A companhia aérea (cliente) paga a aeronave com recursos do BNDES, que transfere o montante para a Embraer, assumindo a dívida a ser paga ao banco brasileiro.
Segundo o BNDES, a taxa de juros gira em torno de 0,50% a 1,30% ao ano, somado ao custo financeiro e à taxa de risco de crédito.
28 aeronaves financiadas pelo BNDES em 2023
O apoio do banco nacional de desenvolvimento à Embraer está voltando a crescer. Depois de ter participado da venda de nove dos 57 jatos comerciais entregues em 2022, o BNDES já soma 28 aviões financiados até aqui.
Isso representa pelo 40% do total de jatos comerciais que a empresa brasileira pretende entregar em 2023 (de 65 a 70 unidades).
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“A exportação dessas aeronaves tem caráter estratégico para a Embraer, e a atuação do BNDES tem sido fundamental para uma maior inserção internacional dos produtos brasileiros de alto valor agregado tal como o setor aeronáutico”, disse em junho o vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da Embraer, Antonio Carlos Garcia.
Porque é dinheiro que promove o crescimento da industria aeronátuca brasileira!! É diferente de financiar obra em outros países!! o Benefício fica lá, não aqui. Sem falar que como ficou provado que construtoras brasileiras usavam esse artíficio pra encher o bolso de muitos desses vigaristas brasileiros!!
Ja era hora, sem apoio interno não tem como impulsionar a indústria. Fora que o BNDS ganhara uma ótima grana em dollar com os pagamentos