Já parou para pensar por que todos os aviões da Boeing em que você já embarcou têm o nome começando e terminando com o número 7? A nomenclatura especial das aeronaves comerciais da fabricante americana começou a ser utilizada no final da década de 1950, com o lançamento do 707, jato que mudou os rumos da aviação comercial e se tornou referência da indústria.
Antes da “obsessão” pelo 7, os aviões da Boeing eram conhecidos como “Model” (Modelo, em inglês) e um numeral. Dessa leva nasceram clássicos com os Model 40 e o Model 80. Mas o número da sorte já começava a dar seus primeiros sinais, aparecendo em importantes aviões da fabricante no passado, como foi o caso dos bem sucedidos Model 247 e Model 307 Stratoliner, o primeiro avião comercial com cabine pressurizada.
Após a Segunda Guerra Mundial, a Boeing decidiu reclassificar suas aeronaves, dando a cada categoria números de três dígitos. Os números 300 e 400 indicavam aviões movidos a hélice, 500 para aeronaves impulsionados por turbinas, 600 para foguetes e mísseis e 700 para aeronaves de transporte com motor a jato.
Então por que o primeiro avião a jato da Boeing ganhou o nome 707 e não 700? Essa mudança foi uma intervenção do departamento de marketing da fabricante, que considerou 707 soava melhor do que 700. A empresa então manteve o número 7 no começo e final dos nomes de seus jatos comerciais, criando uma espécie de “amuleto corporativo da sorte”.
Desde então, os nomes dos aviões a jato da Boeing vem seguindo uma progressão constante, do 727 da década de 1960 até o 787 Dreamliner, embora a companhia tenha pulado o 717. Esse nome/numero foi adotado apenas em 1999, bem depois do 777, quando a fabricante assumiu o comando da McDonnell Douglas e rebatizou o modelo MD-95 como Boeing 717, que seguiu em produção até 2006.
Cada um dos modelos a jato da Boeing é subdividido em categorias que separam os projetos sucessivos. Os primeiro 707 foram designados 707-120, seguido pelo 707-138 encurtado e de longo alcance, o 707-320 alongado e mais adequado para curtas distâncias, entre outros.
Um caso curioso é o do Boeing 737. Em serviço há mais de 50 anos, o avião comercial de maior sucesso da fabricante americana existe há tanto tempo ao ponto de não haver mais números para nomear novos modelos. Após o 737-900, a companhia lançou a série 737 MAX, disponível em quatro versões (MAX 7, MAX 8, MAX 9 e MAX 10).
Seguindo a tradicional nomenclatura, o único número ainda não utilizado pela Boeing é o 797. É esperado que esse seja o nome definitivo do projeto hoje conhecido como NMA (Novo Avião Médio), aeronave que a companhia deve lançar na próxima década.
Airbus prefere o número 3
O nome de todas as aeronaves comerciais da Airbus começam com a letra A seguidas por um número de três dígitos começando com 3. A exceção é o A220, novo nome da família de jatos oferecida pelo grupo europeu, mas construídas pela canadense Bombardier, anteriormente conhecida como CSeries.
O primeiro avião da Airbus foi o A300, assim chamado pois foi projetado para acomodar 300 passageiros. Desde então, a fabricante vem renomeando seu aviões sempre somando mais 10, com exceção do intervalo entre o A350 e o superjumbo A380. Ou seja, há espaço para a companhia lançar mais três aeronaves utilizando essa nomenclatura (A360, A370 e A390).
A Airbus também adiciona ou subtrai dígitos simples para identificar variantes de uma família de aeronave, de modo que o A318 e o A319 são variantes mais curtas do A320, enquanto o A321 é mais longo.
Fonte: Stuff
Veja mais: Conheça o Inflatoplane, o avião inflável da Goodyear
Quanto às designação dos aviões da Boeing, há uma exceção: o Boeing 720, quadrimotor mais curto que o Boeing 707, que serviu de base para o KC-135.