A Força Aérea Portuguesa está em “transição” do caça F-16 para o F-35Lightning II, aeronave de 5ª geração da Lockheed Martin. A afirmação partiu do Chefe de Estado-Maior da Força Aérea, General João Cartaxo Alves, em entrevista ao Diário de Notícias.
Membro da OTAN, Portugal já havia antecipado planos de substituir seus antigos F-16 pelo caça furtivo e espera recebê-los no começo dos anos 2030.
Muitos outros países europeus têm feito essa escolha, baseado no avanço tecnológico da aeronave e na sua modularidade, que permite atualizações mais constantes e rápidas.
“É algo que está a decorrer [transição do F-16 para o F-35], mas não é num dia que se faz. Esse processo já começou. Tivemos aqui um workshop com a Lockheed e com a Força Aérea dos EUA para nos capacitarmos sobre o que significa esse salto para a quinta geração,” disse Cartaxo Alves.
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A Força Aérea Portuguesa recebeu 40 caças F-16A/B, mas repassou 12 deles para a Romênia. Dos 28 jatos remanescentes, 25 estariam ativos, porém, precisam de atualizações para seguir em operação, o que o Comandante reconheceu como inevitável.
“Temos de os substituir [os F-16], porque mesmo que essa decisão seja tomada agora, a primeira aeronave [F-35] só chegará daqui a sete anos”, reconheceu.
“Agora, é evidente que há componentes e equipamentos do F-16 que vão ter de continuar a ser melhorados ao longo do tempo”, acrescentou o Comandante.
“Caça padrão” da Europa
A despeito dos esforços de indústrias do continente, o F-35 tem se transformando no caça avançado mais numeroso na Europa. Ele já voa em países como o Reino Unido, Holanda, Noruega, Itália e Dinamarca, e foi selecionado pela Finlândia, Alemanha, Polônia e Suíça.
Há ainda negociações em curso com a Grécia e República Tcheca.