Prefeitura apresenta projeto do novo Parque Campo de Marte

Espaço, localizado na Zona Norte de São Paulo, terá 400 mil m² e contará com museu aeroespacial, pistas de corrida, ciclovia, campos de futebol e trilhas para caminhada
A imagem do Parque Campo de Marte divulgada pela prefeitura ainda não é o formato definitivo do projeto (Prefeitura de São Paulo)
A imagem do Parque Campo de Marte divulgada pela prefeitura ainda não é o formato definitivo do projeto (Prefeitura de São Paulo)
A imagem do Parque Campo de Marte divulgada pela prefeitura ainda não é o formato definitivo do projeto (Prefeitura de São Paulo)
A imagem do Parque Campo de Marte divulgada pela prefeitura ainda não é o formato definitivo do projeto (Divulgação)

A Prefeitura de São Paulo apresentou nessa terça-feira (24) o projeto do novo Parque Campo de Marte, na Zona Norte de São Paulo. Com cerca de 400 mil m², o parque será implantado em uma área do Aeroporto Campo especificada no acordo firmado entre a Prefeitura e o Governo Federal em agosto deste ano. A atração mais aguardada do futuro espaço público é o museu aeroespacial.

“O projeto inicial envolve benefícios para todos. Eliminamos uma judicialização existente entre a Prefeitura e a União para a criação deste parque na Zona Norte, uma demanda que tem mais de 60 anos para a valorização e mais oportunidades de lazer e entretenimento para a grande população desta região da cidade, com a preservação do conjunto do Campo de Marte, respeitando todas as obras existentes de uso da Aeronáutica, sem nenhum prejuízo”, disse o prefeito João Doria.

Como define o plano sobre o Parque Campo de Marte, o museu aeroespacial deve ocupar uma área de aproximadamente 19% do espaço reservado ao parque, algo em torno de 80.000 m². O projeto ainda prevê que 40.000 m² serão de área construída para o museu e haverá mais 14.000 m² de espaço aberto para exposições ou outras atrações.

A criação do museu também vai exigir a construção de um novo acesso para a pista do Aeroporto Campo de Marte e pistas de taxiamento de aeronaves até os espaços da instalação de exposições.

Como vem sendo tendência no governo de Doria, a implementação do parque será concessionada e deve ser realizada por meios privados. O próximo passo é o lançamento de um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), para ouvir da iniciativa privada propostas para a criação na nova área. Também será lançado um PMI específico para o museu aeroespacial.

O projeto visual do Parque Campo de Marte apresentado pela prefeitura foi desenvolvido pelo arquiteto e paisagista Benedito Abbud. Além do museu e suas dependências, o novo espaço público ainda contará cerca de 2,2 km de pistas de corrida e ciclovias, 2,5 km de trilhas para caminhadas, campos de futebol de grama e sintético, quadras, pista de skate, uma esplanada multiuso, entre outras atividades.

A criação do museu vai exigir a construção de uma pista de taxiamento de aeronaves nas dependências do parque (Divulgação)
A criação do museu vai exigir a construção de uma pista de taxiamento de aeronaves nas dependências do parque (Divulgação)

A instalação do parque, como prevê a prefeitura, ainda vai exigir a construção de uma nova via de acesso e circulação de veículos na região. Outra função do espaço será o de servir de área logística durante o desfile das escolas de samba de São Paulo, que acontece no Sambódromo do Anhembi, ao lado do Aeroporto Campo de Marte.

A Prefeitura de São Paulo, porém, ainda não definiu uma data para a inauguração do Parque Campo de Marte. O próximo na construção do parque, com a definição das negociações da iniciativa privada, deve ser o lançamento do “Pedra Fundamental” do novo espaço público.

Planta do parque com as áreas de acesso demarcadas (Divulgação)
Planta do parque com as áreas de acesso demarcadas (Divulgação)

Aviões para um novo museu

O Brasil tem atualmente apenas um museu aeroespacial público, o MUSAL, no Rio de Janeiro. O Museu Asas de um Sonho, o “Museu da Tam” em São Carlos (SP), antes considerado a maior atração desse tipo no Brasil, teve suas atividades suspensas em fevereiro de 2016.

Parte do acervo que era exposto no museu em São Carlos é composto por aeronaves de colecionadores particulares e das forças armadas do Brasil, além da coleção exclusiva criada pela própria companhia ainda em seus tempos de Tam. Esses aviões permanecem no local, mas com as luzes apagadas e sem visitas.

O "Museu Asas de um Sonho" reúne antigas aeronaves utilizadas pela TAM, como o Fooker 27 (Thiago Vinholes)
O “Museu Asas de um Sonho” reunia antigas aeronaves da TAM, como o Fooker 27 (Thiago Vinholes)

Com o Museu da Tam desativado, comenta-se que parte de sua coleção pode ser transferida para o futuro museu do Parque Campo de Marte. Outra hipótese ventilada na mídia é a FAB fornecer aeronaves do MUSAL hoje estocadas por falta de espaço na instalação atual. Nenhuma das duas partes ainda comentam sobre essas possibilidades.

São Paulo não conta com uma atração desse tipo desde 1986, quando o Museu da Aeronáutica no Parque Ibirapuera foi desativado. O museu, inaugurado em 1960, ficava na Oca, que naquela época precisou ser fechada para reparos que aconteceram apenas muitos anos depois.

Após serem mantidas por quase 15 anos atrás das portas e janelas ovais embaçadas de sujeira da Oca, as aeronaves foram transferidas no ano 2000 para o Parque Cemucam, em Cotia (SP). Posteriormente, em 2009, esses mesmos aviões foram enviados ao Museu Asas de um Sonho, em São Carlos.

Veja mais: O museu que virou cemitério de aviões

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