A Avianca Brasil anunciou para o mercado e seus funcionários um plano de redução da sua malha de voos a partir de abril. Com ele, a companhia aérea, que está em recuperação judicial, adequará seus voos ao que restará de sua frota de aviões que deve se resumir a 26 aviões, metade de antes de entrar em crise. Serão mantidas apenas 32 rotas o que significará o fechamento de algumas bases como o Galeão, no Rio de Janeiro, Petrolina, em Pernambuco, e Belém, destino que estreou no ano passado.
A medida será implementada de forma gradual, segundo a empresa que afirmou ainda que “o foco do nosso trabalho (é) o compromisso com a sustentabilidade e continuidade do negócio“. Airway questionou a assessoria da companhia mas não teve retorno até o momento. Após os ajustes, a Avianca seguirá voando para 23 destinos em 32 rotas, contra 53 anteriormente.
Segundo o site Pan Rotas, a maior parte dos voos cancelados envolve o Aeroporto do Galeão com nove rotas. Salvador perderá sete rotas seguido de Brasília, com cinco rotas canceladas. Os voos entre Bogotá e Salvador e Fortaleza também deixarão de existir.
Com o cancelamento dos voos intercontinentais anunciados anteriormente, restará à Avianca focar em rotas mais movimentadas e de curta duração aproveitando o aumento no tráfego aéreo nacional.
Assembléia decisiva
O anúncio ocorre a poucos dias da assembléia de credores que se reunirá na próxima sexta-feira (29) para decidir se aceita o plano da companhia aérea de criar uma UPI (Unidade Produtiva Isolada) que reuniria parte da frota, seu certificado de operador aéreo e um número não revelado de slots em aeroportos mais movimentados. Esse ativo recebeu uma oferta da rival Azul Linhas Aéreas que mesmo com a aprovação dos credores precisará aguardar um leilão em que a UPI Live Air será oferecida para outros interessados.
Caso consiga negociar sua parte saudável, restará uma enorme dívida ainda, cujo valor se multiplicou nos últimos meses, complicando um possível ressurgimento da companhia aérea.
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Esperamos que tudo vá bem nessa nova fase que empresa vai implementar para se recuperar. Que novos investidores venham se juntar nessa nova fase. Uma empresa fechada é ruim para empregos, concorrência e imagem do país. Já basta o que aconteceu no passado.