Prevendo crescimento, Aerolíneas Argentinas busca novos jatos Airbus, Boeing e Embraer

Companhia argentina tem interesse no Airbus A330neo, Boeing 737 MAX e Embraer E-Jets 2
Airbus A330-200 da Aerolíneas Argentinas
Airbus A330-200 da Aerolíneas Argentinas (Airbus)

Bons ares para a aviação comercial em Buenos Aires. Superada a crise do coronavírus, a companhia Aerolíneas Argentinas está em busca de aeronaves para reforçar a capacidade de sua frota diante do crescimento esperado para os próximos meses.

Em entrevista ao CH-Aviation, Pablo Ceriani, CEO da empresa de bandeira argentina, declarou que espera uma elevação de 20% na demanda de alta temporada até o fim deste ano e outros 10% em 2023. No entanto, o executivo frisou que a companhia não tem “aviões suficientes para voar para todos os destinos para os quais voávamos antes da pandemia”.

Diante desta carência de equipamentos num momento de recuperação, Ceriani afirmou que negocia o aluguel de dois jatos Airbus A330-200, dos quais a empresa hoje dispõe de oito unidades. O executivo também comentou que planeja alugar outros quatro modelos A330-900neo de nova geração, que podem ser introduzidos na empresa entre 2024 e 2025.

Segundo Ceriani, a frota de longo curso da Aerolíneas Argentinas deve contar com 12 jatos A330, o mesmo número de antes da pandemia. O executivo ainda sinalizou que os contratos de arrendamento com a empresa de leasing Aircastle referentes aos modelos A330-200 mais antigos da empresa, que tem idade média de 20 anos, não serão renovados.

Boeing 737 MAX e Embraer E-Jets 2 nos planos

Além de pretensão de adquirir novas aeronaves widebodies, a companhia argentina também planeja atualizar a frota de jatos de um corredor, hoje composta por 45 aeronaves Boeing 737 (modelos NG e MAX) e 26 Embraer E190, que foram herdados da ex-subsidiária Austral.

A Austral é uma empresa subsidiária da Aerolineas Argentinas (Austral)
A Aerolíneas Argentinas opera 26 jatos E190, que foram herdados da extinta Austral (divulgação)

Questionado sobre a substituição dos E190, que tem em média de 12 anos de utilização, Ceriani comentou sobre o interesse da empresa no Airbus A220, mas que as chances são muitos melhores para o Embraer E2, principalmente por causa dos pilotos. “A transição (do E190 para o A220) pode ser muito complicada”, disse o executivo.

Em relação aos Boeing 737, a Aerolíneas Argentinas mira no novo modelo MAX, nas versões MAX 8 e MAX 9, para renovar a frota do tipo, de acordo com o CEO da empresa, dado que os contratos de arrendamento de oito modelos 737-700 expiram em 2025.

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  1. Agora é só esperar posse do nosso novo presidente para liberar verba do BNDES para aquisição de novos jatos da Embraer

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