Viajar na cabine de primeira classe de um avião comercial é um privilégio que poucos passageiros têm acesso. Além da barreira do preço, com bilhetes que beiram os R$ 20.000, esses espaços têm poucos assentos, geralmente menos de 10 “leitos”. No entanto, nos últimos anos esse luxo aéreo vem perdendo espaço e em muitos países, como no Brasil, foi completamente extinto pelas companhias aéreas.
A Tam, hoje Latam Airlines, foi a última empresa brasileira que operou aeronaves com cabines de alto luxo. O serviço, encerrado em novembro de 2014, era oferecido nos jatos Boeing 767 e 777, e no Airbus A330. Com a alteração, a companhia pode aumentar as cabines econômicas e a classe executiva, principal responsável pela redução da primeira classe.
“A qualidade da classe executiva melhorou muito nos últimos anos e isso fez a procura pela primeira classe diminuir. Primeiro, as cabines foram reduzidas e depois acabaram extintas em determinadas rotas, devido a baixa demanda”, explicou Dilson Verçosa Junior, diretor regional de vendas da American Airlines, uma das poucas empresas que ainda oferecem voos em primeira classe para o Brasil – a AA opera o Boeing 777 com 10 assentos de primeira classe na rota São Paulo – Nova York.
“Esse tipo de serviço hoje compete com voos fretados em aviões executivos. A tendência é que a primeira classe diminua, mas ela não vai acabar”, prevê o diretor da American Airlines.
Quem viaja de primeira classe?
A primeira classe é vista como um luxo, mas ela também funciona principalmente como ferramenta de trabalho para altos executivos que viajam constantemente. O assento nesta parte do avião reclina até virar uma cama, onde o passageiro pode dormir como se estivesse em casa e chegar ao destino do outro lado do mundo descansado. Ou então, aproveitando a conexão de internet via satélite, pode continuar trabalhando durante o voo. “No Brasil, esse serviço é adquirido na maioria dos casos por clientes corporativos”, revelou Verçosa.
A cabine de alto luxo é sempre instalada da parte frontal do avião, justamente a mais silenciosa. Além das diversas possibilidades de ajuste da poltrona, os passageiros de primeira classe viajam em divisórias, para maior privacidade, os chamados “leitos”. Já o serviço de bordo oferece diversas opções de comidas e bebidas para diferentes gostos e paladares, e mais requintadas que as oferecidas no “fundão” da aeronave. Algumas companhias ainda presenteiam os ocupantes com pijamas e pantufas especiais.
O sistema de entretenimento basicamente é o mesmo oferecido nas demais classes da aeronave, mas na “first class” a tela é bem maior, assim como a resolução, e a qualidade de som dos fones é superior. Outro diferencial é o “carinho” dos comissários, que atendem prontamente os poucos e exigentes passageiros de primeira classe.
Os passageiros da cabine “premium” ainda têm facilidades como prioridade no embarque e desembarque, possibilidade de levar mais bagagens e raramente enfrentam filas nos toaletes da aeronave.
Porém, boa parte das qualidades da cabine de primeira classe migraram para a executiva, levando junto muitos dos antigos passageiros mais abastados.
Evolução da classe executiva
A primeira companhia aérea que equipou suas aeronaves com classes executivas foi a Qantas, da Austrália, em 1979. A empresa criou a nova seção entre a primeira classe e a econômica, também levando em consideração as zonas mais silenciosas do avião. Esses eram também os últimos capítulos da “era de ouro” da aviação comercial, quando os aviões eram praticamente divididos meio a meio entre a primeira classe e a econômica.
Justamente no ano em que a classe executiva foi criada, a Varig foi premiada como a melhor companhia aérea do mundo, pela revista norte-americana Air Transport World. A empresa brasileira oferecia um refinado serviço de bordo, mesmo na classe econômica.
A classe executiva, normalmente com cerca de 30 assentos, reduziu drasticamente o tamanho da primeira classe, que nos anos 1960 e 1970 tinham bares, lounges e até música ao vivo. Em contrapartida, os preços para um voo com maior conforto e melhor serviço de bordo foram reduzido na mesma proporção.
No Brasil, o preço de uma passagem ida e volta de classe executiva para Europa com a Azul ou a Latam, únicas empresas nacionais que oferecem essa opção, varia de R$ 4.000 a R$ 5.000, cerca de um triplo do valor do bilhete para a classe econômica.
Viajando além da primeira classe
São poucas as companhias que voam para o Brasil com aviões equipados com primeira classe. Além da American Airlines, outros exemplos são alemã Lufthansa e o trio de Oriente Médio, Etihad, Qatar e Emirates Airlines, que oferece o voo mais caro do mercado brasileiro: a passagem de primeira classe no trecho São Paulo – Dubai custa fabulosos R$ 43 mil.
Ainda investindo alto na primeira classe, a Etihad foi além e criou um novo conceito de cabine, a “Residence”(Residência), disponível apenas no gigante Airbus A380 . O espaço, lançado pela companhia em 2014, é como um pequeno apartamento para apenas dois passageiros, com uma sala de estar, quarto com cama, banheiro com chuveiro e serviço de bordo realizado por um mordomo.
O “bilhete de ouro” da Etihad (para duas pessoas) não sai por menos de US$ 20 mil (cerca de R$ 64 mil). A companhia oferece esse serviço em voos com o A380 de Abu Dhabi para os EUA e países da Europa e Oceania.
O segmento também sobrevive no mercado de aviação dos EUA, inclusive em voos regionais. A American Airlines tem primeira classe nos jatos A321 que voam de São Francisco e Los Angeles para Nova York. “A empresa detectou essa demanda nos voos para Nova York, novamente procurado por altos executivos e clientes corporativos”, contou o diretor da AA no Brasil.
Os aviões com cabines de primeira classe que chegam ao Brasil costumam trazer mais passageiros do exterior, do que levar de volta a base original da companhia. Mesmo assim, continuam na ativa, afinal que veio na cabine de alto luxo faz o mesmo no retorno.
Enquanto houver demanda e espaço nos aviões, a primeira classe não vai acabar. Atualmente as companhias, mesmo voando com grandes jatos como o Boeing 747 e o Airbus A380, mantém no máximo 10 assentos na classe de luxo. Em aeronaves menores, como o Boeing 767 ou o A330, o espaço é reduzido para cerca de seis leitos.
Deleite para alguns e ferramenta de trabalho para outros, a experiência e praticidade de viajar de primeira classe só é superada por um voo executivo realizado em jatos luxuosos de alta performance. Quem pode pagar ainda mais, escolhe essa opção.
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Eu até dispenso todos os mimos desde que os serviços fossem altamente eficientes e que as aeronaves ganhassem mais velocidade.
Só uma correção, a Tam nunca teve first nos Boeing 767. Abs
Minha filha vindo de LAX-REC com escala em MIA viria na executiva, porém o voo foi cancelado no trecho MIA-REC, como ela precisava chegar em Recife na segunda a colocaram num voo MIA/SP na econômica, ela reclamou pois tinha o bilhete executiva, como não tinha mas vaga a colocaram na first class, ela relatou que foi maravilhoso.
“Um outro mundo é possível, mas custa muito caro” (Conde Chiquinho Scarpa).
A executiva da Tam deveria se chamar Economy Plus, é simplesmente terrivel! Desconfortavel, nao tem flat bed, comida ruim, enfim, va por outra cia, vai custar a mesma coisa e é muito melhor.
No Brasil não ha primeira classe pelo simples fato que somos um país de DUROS, de POBRETÕES….só por isto! Olha o resto do mundo, com grana, claro, onde até voos domésticos tem classe executiva, para comprovar oq ue digo!
Por mim substitui-se a primeira classe por uma viagem ” children free” , como já está fazendo uma companhia. Voos longos ou noturnos com crianças são insuportáveis
O importante pra mim, é chegar são e salvo no destino. Se o avião tiver algum problema durante o voo, estar na primeira classe ou dentro do banheiro, não faz a menor diferença.
Na ultima foto tem um arabe bebendo um uisquinho. ALLAH VAI CASTIGAR ESSE PECADOR> kkkkkk
Acho que a executiva supre todas as necessidades, pois só pagaria mais se o banheiro fosse maior e melhor. É a mesma porcaria. Um espaço pequeno e que mal dá para se virar. Nunca voei na Emirates, mas me disseram que o banheiro é maior. A TAM realmente é um pouco melhor que a executiva. Para brasileiros eles acham que está bom.
Chegar no destino final não tem preço, seja na classe Econômica ou na mais top. Se algo der errado com o Boing no alto, não vai ter diferença ou preferência na classe adquirida, um bom Voou é chegar com a sua única vidinha no seu destino final.
O vôo de 43,000 pra Dubai é para o Cu nha e a querida esposa. Logico pra chegar inteiros e se hospedar no Burj El Arab e depois fazer umas comprinhas na Gucci e LV.
Cortando o Luis,
*primeiro o Brasil nao e um pais de duros.
* O brasil é um pais de Ricos, para Ricos com um sistema que só ver os Ricos.
* Nos paises escandinavos as linhas aereas deles funcionam assim: executive, primeira classe (nao existe) voce faz seu check in, voce despacha as suas malas, voce paga para levar a mala ( extra cerca de 200 reais ), voce paga para escolher seu assento cerca de 80 reais extra por assento, por voo, voce tem que comprar a sua comida no aviao., voce tem comprar até agua… nada é de graca!!!!!
Voei Latam com a comissária Ana Neire e foi a pior viajem de toda minha vida, nunca vi tanta arrogância em uma única pessoa.
“Existe vida mais barata, mas não presta não!” (autor desconhecido)
Legenda errada da foto que mostra a “sala de estar” da The Residence, da Etihad. Na verdade, na foto aparece o lounge do A380 da companhia, e não a “sala de estar” da cabine The Residence.
Eu acho que a Xtra Business da Azul é meio que uma “first-class”, o assento reclina, o IFE é bom, a comida é boa, enfim, a Azul devia investir na First-Class.