O primeiro exemplar do maior avião de passageiros do mundo foi completamente desmontado nesta semana. O A380 número de série 003, colocado em serviço em 2007, teve suas peças removidas pela Tarmac Aerosave, empresa do grupo Airbus, no aeroporto de Tarbes Lourdes, na França.
A Tarmac, empresa especializada no armazenamento e desmontagem de aeronaves, concluiu o processo iniciado em janeiro e agora fará o mesmo com um segundo A380. Ambas pertencem à Dr. Peters, grupo de leasing alemão que havia arrendado os aviões à Singapore Airlines, a primeira companhia aérea do mundo a voar com o “superjumbo” da Airbus.
Após o termino do contrato, a Singapore devolveu quatro A380 ao Dr. Peters, que ano passado decidiu desmontar duas aeronaves e revender seus componentes em boas condições. Um terceiro modelo ganhou sobrevida com a companhia de wet-lease Hi-Fly e outro aparelho está estocado.
Segundo a Tarmac, é possível aproveitar 90% das peças na desmontagem do A380, que ao final do processo vira apenas uma enorme fuselagem vazia sustentada por um grande suporte móvel.
Lançado na década passada, o A380 teve até hoje cerca de 240 unidades construídas, quase metade delas operando com a Emirates Airlines. Sem expectativas de aumentar seus pedidos ou conquistar novos clientes, a Airbus anunciou o fim da produção da aeronave para 2021. A fabricante ainda tem 11 aparelhos (10 para Emirates e um para a ANA) para concluir e entregar.
Apesar de sua incomum capacidade de passageiros e atração nos aeroportos onde opera, o A380 vem sendo condenado por suas dificuldades operacionais, altos custos e o surgimento de jatos menores e mais eficientes, casos do Boeing 787 e o Airbus A350.
Embora ainda tenha muitos anos de carreira pela frente, o A380 deve cair em desuso a partir da próxima década. Operadores como Air France, Lufthansa e Qatars Airways já anunciaram que vão aposentar ou reduzir suas frotas do tipo nos próximos anos. O destinos de tais aeronaves certamente também deve ser o desmantelamento.
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Um belíssimo avião, uma pena que as facilidades aeroportuárias no mundo o tornaram absolutamente caro para operar
Nas vezes em que viajei nesta aeronave entre Sao Paulo e Dubai nunca tive nada a reclamar e so elogios a fazer. Uma pena que deixem de fabrica-la.
A tendência são aeronaves bimotores, pois consomem menos combustível, além de terem maior eficiência operacional. Os quadrimotores só são viáveis em rotas com grande demanda e longo alcance. É uma questão de custo/benefício.
Esse avião foi uma cagada monumental da Airbus.
A sorte deles foi que apareceram árabes e orientais cheios de dinheiro que caíram nisso.