A Coreia do Norte fez voar sua primeira aeronave de Alerta Aéreo Antecipado & Controle (AEW & C), um cargueiro Ilyushin Il-76 ex-Koryo Air que foi convertido no próprio país.
Para revelar a novidade, o líder norte-coreano Kim Jong Un foi até o Aeroporto Internacional de Pyongyang, onde também mostrou drones de vigilância e aeronaves não tripuladas de ataque.
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A existência da aeronave-radar era conhecida por meio de fotos de satélite, mas as imagens divulgadas pela mídia estal norte-coreana revelaram que seu radar não é giratório, a despeito do formato circular.

Trata-se de uma antena fixa similar à usada pelos jatos KJ-2000 chineses. O Beriev A-50, que a Rússia opera sobre a mesma plataforma Il-76, possui antenas giratórias.
Outro ponto que chamou a atenção de observadores foi a ausência de antenas e outras saliências relacionadas a sensores, o que pode indicar que o avião ainda não estaria concluído.
Kim Jong Un visitou o interior da aeronave, onde foram vistos vários postos de trabalho e telas planas nas laterais da fuselagem.

Ausência de datalink?
A Coreia do Norte trabalha na aeronave-radar desde pelo menos 2023 e será um grande ativo para a força aérea a fim de obter uma cobertura de radar mais eficiente que estações de solo.
No entanto, não está claro até que ponto a detecção de alvos pode ser útil sem um sistema de datalink integrado aos caças norte-coreanos. A aeronave mais moderna da frota, o MiG-29, não possui esse tipo de recurso, até onde se sabe.
Sua vizinha, a Coreia do Sul, por sua vez, opera quatro Boeing E-7 Wedgetail com radares AESA de abertura sintética, além de caças de 5ª geração como o Lockheed F-35A Lightining II.
