As equipes de montagem da Boeing na fábrica de Everett, em Washington, completaram nesta semana um importante marco na produção do primeiro 777X, a chamada “junção final do corpo”. Nessa etapa, o nariz do avião é conectado às seções média e traseira da fuselagem, já com as asas. A aeronave, agora com 77 metros de comprimento, é a mais longa já produzida pela fabricante e também será o maior avião bimotor do mundo.
“O 777X é um novo avião e um novo sistema de produção”, disse Josh Binder, vice-presidente e gerente geral do projeto 777X. “Com o 777X, o sistema de produção foi integrado ao programa de desenvolvimento mais cedo do que qualquer outro avião, e a equipe está fazendo um ótimo trabalho ao atingir nossas metas como esperado.”
De acordo com a Boeing, o voo inaugural do novo “Triple Seven”, na versão 777-9, será realizado em 2019 e sua estreia na aviação comercial é programada para meados de 2020. A fabricante diz que o novo jato será 12% mais eficiente em consumo de combustível e terá custos operacionais 10% menores comparado aos “aviões concorrentes”. O principal rival do 777X é o Airbus A350.
A nova geração do 777 será o primeiro avião comercial com asas dobráveis. O dispositivo foi desenvolvido para reduzir a envergadura da aeronave, que chega a 72 metros, e assim facilitar sua movimentação nos aeroportos. Outro destaque da aeronave serão os novos turbofans de quarta geração General Eletric GE9X, o maior motor aeronáutico já desenvolvido.
O 777-9 é projetado para ocupar o lugar o do 777-300ER e poderá transportar até 414 passageiros – seu predecessor tem capacidade máxima de 365 ocupantes. Já o alcance da aeronave será de 14.075 km, quase 500 km a mais que o modelo -300ER.
O outro modelo da nova família da Boeing será o 777-8, que ainda não tem data definida para estrear. Concebido para substituir o 777-200, o novo jato também será um gigante, com 69,8 metros de comprimento, superando até mesmo o maior 777 atual – o 777-300ER tem 73,9 m. O segundo modelo da série 777X poderá embarcar 365 passageiros, 60 a mais que o -200.
Apesar de ainda nem ter voado, o novo 777 já soma mais de 300 pedidos. Algumas companhias que encomendam a aeronave são a Lufthansa, Etihad, ANA e Singapore Airlines.
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