A Lockheed Martin apresentou o primeiro C-130J Hercules com as cores da Luftwaffe na semana passada. A aeronave faz parte de uma encomenda de seis turboélices, dos quais três são do modelo KC-130J, com capacidade de realizar reabastecimento aéreo em aviões e helicópteros.
O acordo foi fechado por meio do programa FMS (Foreign Militar Sales ou Vendas Militares para o Estrangeiro) com o governo dos EUA e assinado em 2018 após a Alemanha estabelecer uma cooperação com a França para a criação de um esquadrão conjunto, baseado em Evreux.
Os franceses já haviam acertado com os EUA a compra de quatro C-130J (dois deles KC-130J) que começaram a ser entregues em janeiro de 2018.
Os 10 turboélices Super Hercules irão substituir os antigos C-160 Transall que estão sendo desativados.
O acordo entre Alemanha e França foi um duro golpe para a Airbus, que considerava o A400M suficientemente capaz de substituir os Transall. No entanto, a aeronave de maior porte não se mostrou eficiente em algumas missões esperadas pelos seus clientes, como o reabastecimento aéreo de helicópteros.
A despeito de a Airbus negar os problemas, os dois países consideraram o C-130J mais indicado a operar em pistas menores e despreparadas em alguns cenários como a África.
O A400M também não teria se mostrado suficientemente capaz de executar missões especiais e que exigem maior agilidade da aeronave. O Força Aérea britânica, por exemplo, embora seja operadora do avião da Airbus, decidiu manter um número significativo de Super Hercules para esse fim.
O primeiro C-130J da Luftwaffe deverá ser entregue em 2022 e os demais aviões até 2023. França e Alemanha esperam atingir a capacidade operacional plena do esquadrão em 2024.
Confessam descaradamente que se preparam para invadir países do Terceiro Mundo como parte da sua “normalidade”.