A Saab promoveu nessa quinta-feira (17) um seminário onde contou como está o processo de desenvolvimento do caça Gripen NG, além de expectativas de mercado e a parceria com a Embraer. “O desenvolvimento do avião está ocorrendo sem atrasos, o que é praticamente único em um projeto desse porte”, anunciou Ulf Nilsson, vice-presidente da empresa sueca.
O executivo ainda confirmou a apresentação da primeira aeronave, na versão para a força aérea sueca, para o dia 18 de maio, na Suécia. O modelo para a Força Aérea Brasileira (FAB), com detalhes mais complexos, ainda não teve a data de sua apresentação definida.
“Como vimos nos últimos conflitos na Síria e Ucrânia, as tecnologias estão mudando rapidamente. Por isso o Gripen NG será preparado para receber atualizações nos próximos 30 ou 40 anos”, explicou Nilsson. “É também um momento muito importante para nós, pois é a primeira vez desde a década de 1950 que estamos trabalhando em dois projetos militares”, acrecentou o executivo, se referindo ao desenvolvimento do jato de instrução avançada T-X.
O executivo sueco, que discursou em inglês, como pode ser visto no site da SAAB, também revelou que a empresa está preparando o terreno para a chegada do Gripen NG e isso envolve conseguir mais clientes. “O processo de aquisição de caças envolve uma relação de longo prazo com o cliente e com a plataforma flexível do Gripen NG podemos oferecer soluções direcionadas às necessidades de cada força aérea com o passar dos anos”, detalhou Nilsson.
Como explicou Nilsson durante o seminário, o Gripen NG terá algumas similaridades com smartphones. “O Gripen NG vai ter a parte de avionicos (instrumentos de voo e navegação) totalmente digital e de fácil atualização. A instalação de um novo software no sistema da aeronave, no próximo ano ou mais adiante, será tão simples como instalar um aplicativo no smartphone”, anunciou o executivo da Saab.
Participação brasileira
No seminário, Nilsson explicou que os especialistas brasileiros que viajaram a Suécia ainda estão em fase de treinamento. “Temos 50 brasileiros em processos de treinamentos sobre nossa filosofia de desenvolvimento e ferramentas para fabricar o Gripen NG”, revelou o executivo. “Alguns profissionais já estão envolvidos diretamente no programa, pois a melhor forma de fazer isso, é fazendo de verdade”, contou o vice-presidente da Saab.
Ao todo, 350 especialistas de empresas do Brasil vão receber treinamentos com a fabricante sueca. “Esses profissionais vão levar para o Brasil a capacidade para construir o Gripen NG. Além disso, esse conhecimento adquirido em nossa parceria pode ser importante para o desenvolvimento de projetos no próprio país”, revelou Nilsson, citando a transferência de tecnologia a indústria nacional, já prevista no contrato de aquisição das aeronaves.
Segundo a Embraer, a produção nacional do Gripen NG está prevista para começar em 2020. Antes disso, a partir de 2019, a FAB vai receber as primeiras unidades do caça importadas da Suécia. Outra parte da encomenda, que envolve ao todo 36 aviões, será produzida na fábrica da Embraer, em Gavião Peixoto (SP), onde também será fabricado o cargueiro KC-390.
O desenvolvimento do Gripen NG “biposto”, a versão que vão dois tripulantes, será realizado no Brasil pela Embraer em parceria com a Saab. Essa opção é geralmente utilizada no treinamento de novos pilotos, embora também possua capacidade de ataque – e também é supersônica.
Os 36 caças encomendados pelo Brasil serão entregues à FAB divididos em lotes. O último será entregue em 2024. O contrato de compra dos caças é avaliado em US$ 5,4 bilhões.
O Gripen NG é um caça-bombardeiro de última geração desenvolvido a partir do Gripen, hoje a principal aeronave de defesa da Suécia. O modelo NG será equipado com sensores e radar de longo alcance, o que permite o lançamento de mísseis de médio e longo alcance e as chamadas “bombas inteligentes”, orientadas a laser. Será a primeira aeronave da FAB com esse tipo de capacidade.
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Belíssima aeronave, realmente foi a melhor escolha.
Uma correção.
O A1-BR já tem tecnologia pra lançar bombas inteligentes.
Só uma pergunta ….. Uma nao duas …..Será que o hardware que equipa essas aeronaves suportará o software de daqui 30 a 40 anos, não estará obsoleto?
Hoje em 2016 usamos celulares que utilizam software de quantos anos atrás ?
Desculpa, mas aqui tem Celular de ponta…como em todos os paises de primeiro mundo, então relxa, OBS nossos caças estão todos modernizados, os EUA compra nossos Caças e ja estão usando no Afeganistão. Super Tucano.
espero que até 2024 o brasil não se envolva em alguma guerra pois o país precisa desses gripens mais que tudo pois suas aeronaves estão muito abaixo da média
Se esse rolo todo tivesse na minha mão, eu trataria melhor a segurança nacional. Os Mirage e F5 teriam sido aposentados assim que completassem trinta anos de uso ao mesmo tempo que seriam substituídos por novos caças multifunção. Essa conversa fiada de passar quinze anos “escolhendo” um avião é para boi dormir. Aqueles xavantes velhos voaram quarenta anos e já estavam caindo um atrás do outro. Tá certo que os F5 foram “repotencializados”, mas ainda assim são aviões velhos. Podem até ter uma tecnologia melhor, mas não tem nenhum poder de persuasão. Até a venezuela quebrada se acha no direito de fazer voos próximo à fronteira com o Brasil. Se fosse um pais serio, daria uma resposta à altura. colocaria umas duas ou tres esquadrilhas de caças modernos or uns cinco minutos sobre o espaço aereo venezuelano…
F-18 ou Rafale seriam melhores escolha. Receberíamos toda a tecnologia para a produção no Brasil de uma dessas grandes máquinas. Mas como tudo no Brasil as escolhas não são feitas pela lógica/razão e sim apenas por política ….. mais um presentinho de grego do PT.
A pergunta que fica: Quando efetivamente a FAB receberá as aeronaves ? Será que o projeto irá adiante com a crise na qual o Brasil se encontra ?
Antonio
28 de janeiro de 2017 at 5:37 pm
Boa tarde Antonio a resposta em relação ao cronograma de entrega das aeronaves, está no texto acima. Com crise ou sem crise o projeto irá a diante o Brasil assinou o contrato, e só começará a pagar quando a ultima unidade for recebida.
Como nós estamos no BRASIL IL IL IL e depois das desventuras com o carro de combate OSÓRIO e com a aquisição dos AMX que inicialmente seria de 79 aeronaves, mas que no final ficou em pouco mais de quarenta, eu não duvidaria que após as mesmas ladainhas de “falta de recursos” de sempre, o Brasil só adquirisse uns dez ou doze para a defesa “do espaço aéreo da capital federal”…
Esperando Bolsonaro assumir a presidencia para termos maiores investimentos em nossas forças armadas
porque a produção desses caças não é automatizada demora muito ser feitos se o brasil estive-se em guerra tava ferrado