Após 1.630 dias em órbita ao redor do planeta Terra, o primeiro laboratório espacial chinês, o Tiangong-1, foi desativado nessa segunda-feira (21), informou a agência chinesa Xinhua. O módulo, uma espécie de mini estação especial, foi lançado ao espaço em setembro de 2011.
As principais funções do laboratório chinês foram desativadas dois anos e meio após seu lançamento. Nesse período, o Tiangong-1 realizou três acoplamentos com a nave Shenzhou e recebeu seis astronautas chineses. Terminada essa fase de experimentos, o módulo foi praticamente desligado enquanto aguardava seu destino.
Em nota oficial, o programa espacial chinês declarou que o Tiangong-1 foi fundamental para o avanço do país nesse campo, permitindo desenvolver as soluções necessárias para iniciar a construção da primeira estação especial chinesa, com início previsto para 2020 – mesmo ano em que a Estação Espacial Internacional (ISS) começa a ser desativada.
O laboratório espacial chinês foi desenvolvido para receber até três astronautas simultaneamente e mantê-los por cerca de 20 dias. O módulo pesa cerca de oito toneladas e tem 10 metros de comprimento por três metros de diâmetro. O Tiangong-1, que em mandarim quer dizer “Palácio Celestial 1”, está a cerca de 380 km da superfície terrestre.
E dificilmente deve sobrar algum pedaço do Tiangong-1. Como informou a agência chinesa, nos próximos meses o laboratório vai iniciar sua reentrada na atmosfera terrestre e, consequentemente, será desintegrado durante o processo.
Ainda neste ano o programa espacial chinês deve lançar o Tiangong-2. Esse segundo laboratório também poderá receber três astronautas com um suporte de vida para 20 dias. No entanto, será muito mais “confortável”: o novo módulo terá 14 metros de comprimento por 4,2 m de diâmetro, além de uma massa total de 20 toneladas.
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